
O Brasil está na lista com uma tarifa de 10%, mas Trump já havia dito que pretende aumentar esse valor para 50%, acrescentando 40 pontos percentuais à taxa atual. Foto: Reprodução
Última modificação em 1 de agosto de 2025 às 09:15
Mesmo após afirmar várias vezes que o tarifaço começaria no dia 1º de agosto sem chance de adiamento, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou de ideia e empurrou a entrada em vigor das novas tarifas para a semana que vem, mais precisamente no dia 7 de agosto.
A nova data foi definida em um decreto assinado nesta quinta-feira (31). Nele, Trump confirma aumento das tarifas de importação para dezenas de países, com alíquotas entre 10% e 41%. O decreto determina que as tarifas comecem a valer sete dias após a publicação.
O Brasil está na lista com uma tarifa de 10%, mas Trump já havia dito que pretende aumentar esse valor para 50%, acrescentando 40 pontos percentuais à taxa atual.
Essa medida atualiza o pacote de tarifas divulgado em abril, quando Trump lançou o chamado “Dia da Libertação”, uma ofensiva comercial contra países que, segundo ele, se beneficiam de forma injusta do comércio com os EUA.
Depois disso, o governo americano chegou a anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas, para tentar negociar acordos com seus parceiros. No entanto, as conversas avançaram pouco. Houve conflitos com a China, impasses com México e Canadá e acordos lentos com Japão e União Europeia.
Com isso, o tarifaço teve seu início adiado mais de uma vez, e agora, mais uma vez, foi adiado para 7 de agosto.
Mercados reagem com queda
A notícia do novo pacote de tarifas abalou os mercados internacionais nesta sexta-feira (1º). Na Ásia, as principais bolsas fecharam em queda:
- Kospi (Coreia do Sul): caiu 3,88%, maior queda em quatro meses
- Hang Seng (Hong Kong): -1,07%
- Nikkei (Japão): -0,66%
- Taiex (Taiwan): -0,46%
Na Europa, o clima também foi de pessimismo. O índice Stoxx 600 caiu 1,24% pela manhã, e as principais bolsas do continente acompanharam:
- Londres: -0,40%
- Paris: -1,69%
- Frankfurt: -1,55%
- Milão: -1,52%
- Madri: -0,73%
- Lisboa: -0,93%
O setor farmacêutico teve destaque negativo. Trump enviou cartas a grandes empresas do setor pedindo redução nos preços de medicamentos nos EUA. Como resultado, ações da Novo Nordisk caíram 4,2% e da Sanofi, 1%.
Apesar do cenário tenso, algumas ações individuais conseguiram se destacar. A italiana Campari subiu 8,6% após divulgar lucro positivo, e a IAG (dona da British Airways) subiu 2,1%, puxada pela boa demanda em rotas transatlânticas.
Fonte: CNN Brasil
Por: M3 Comunicação