
A mobilização integra o Agosto Lilás, campanha dedicada à conscientização sobre a Lei Maria da Penha e à promoção dos direitos das mulheres. Foto: Reprodução
Última modificação em 18 de agosto de 2025 às 15:45
Teve início nesta segunda-feira (18) a 30ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, iniciativa nacional coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação segue até sexta-feira (22) e envolve tribunais de todo o país em um esforço conjunto de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.
No âmbito do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), as atividades estão sendo organizadas pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID) e contam com mutirões processuais, palestras, rodas de conversa e ações educativas voltadas a diferentes públicos, incluindo estudantes, profissionais da segurança pública e integrantes da sociedade civil.
A mobilização integra o Agosto Lilás, campanha dedicada à conscientização sobre a Lei Maria da Penha e à promoção dos direitos das mulheres.
“Em Roraima, é fundamental intensificar as ações de sensibilização, enfrentamento e combate a essa realidade que afeta tantas vidas. Mais do que um momento de reflexão, essa Semana da Justiça pela Paz em Casa representa uma mobilização concreta para dar visibilidade a um problema, fortalecer as redes de apoio e garantir que as vítimas saibam que elas não estão sozinhas”, destaca a juíza titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e coordenadora da CEVID, Suelen Alves.
Sobre a campanha
Lançada em 2015, a Semana da Justiça pela Paz em Casa ocorre três vezes ao ano, em março, agosto e novembro, e busca dar agilidade aos processos relacionados à violência contra a mulher, além de fortalecer ações preventivas e de acolhimento.
Na edição de março deste ano, a campanha registrou mais de 16,7 mil julgamentos e 9,1 mil audiências em todo o país, além da concessão de 20,6 mil medidas protetivas.
Dados recentes do CNJ mostram que, apenas em 2024, há mais de 1,29 milhão de casos de violência doméstica pendentes de julgamento no Brasil. No ano anterior, foram julgados 11.223 processos de feminicídio ou tentativa de homicídio, o maior número desde 2020. Também houve um aumento expressivo nos registros de novos casos, que quase dobraram.
Além de agilizar julgamentos, a Semana incentiva ações interinstitucionais e interdisciplinares que visam garantir mais segurança, autonomia e proteção às mulheres. A partir desta edição, os dados nacionais da campanha passam a ser coletados automaticamente pelo sistema DataJud, permitindo mais transparência por meio de um painel interativo disponibilizado pelo CNJ.
Com informações da Assessoria
Por: M3 Comunicação