
O setor cresceu 0,3% de maio para junho de 2025, acumulando cinco meses seguidos de alta e alcançando o maior nível desde 2011. Foto: Reprodução
Última modificação em 14 de agosto de 2025 às 14:50
O setor de serviços, principal empregador da economia brasileira e que abrange atividades como transporte, turismo, alimentação, salões de beleza e tecnologia da informação, registrou crescimento de 0,3% entre maio e junho de 2025. Esse é o quinto mês consecutivo de alta, levando o setor ao maior patamar desde o início da série histórica, em janeiro de 2011.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE. O recorde anterior havia sido atingido em outubro de 2024 e igualado em maio deste ano. A sequência de resultados positivos acumulou uma alta de 2% em cinco meses.
No primeiro semestre de 2025, o setor avançou 2,5%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento é de 3%. Na comparação com junho de 2024, houve um avanço de 2,8%.
Transportes puxam resultado positivo
Apesar do recorde geral, das cinco principais atividades avaliadas na pesquisa, apenas os serviços de transportes apresentaram crescimento de 1,5% no mês de junho. Os demais registraram queda:
- Serviços prestados às famílias: -1,4%
- Informação e comunicação: -0,2%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,1%
- Outros serviços: -1,3%
Segundo Rodrigo Lobo, analista do IBGE, o setor de transportes tem o maior peso na composição da pesquisa (36,4%), o que ajuda a explicar como um único segmento positivo conseguiu puxar o crescimento de todo o setor de serviços.
O destaque dentro do transporte foi para o transporte aéreo de passageiros e o transporte rodoviário de cargas, importante para o escoamento de produtos agrícolas e industriais.
“O modal rodoviário é o principal meio de escoamento da produção nacional, especialmente de mercadorias como a safra agrícola e bens industriais. Seu desempenho está fortemente ligado ao ritmo da economia”, explica Lobo.
Atividades turísticas em queda no mês
O Índice de Atividades Turísticas (Iatur), também divulgado pelo IBGE, registrou queda de 0,9% em junho, após já ter recuado em maio. No acumulado desses dois meses, a perda é de 1,3%.
Apesar do recuo recente, o setor ainda está 4,1% acima de junho de 2024 e permanece 11,6% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). No entanto, ainda está 1,8% abaixo do recorde histórico, registrado em dezembro de 2024.
O Iatur acompanha 22 atividades ligadas ao turismo, como hospedagem, agências de viagens e transporte aéreo, em 17 estados brasileiros, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Amazonas e outros.
Panorama geral da economia
A Pesquisa Mensal de Serviços é um dos três principais indicadores conjunturais mensais do IBGE, junto com os dados da indústria e do comércio.
- Indústria: cresceu 0,1% de maio para junho; acumulado em 12 meses: +2,4%
- Comércio: caiu 0,1% no mês; acumulado em 12 meses: +2,7%
Com esses dados, o setor de serviços continua sendo o motor mais forte da atividade econômica brasileira em 2025.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação