
Doação de órgãos pode salvar até oito vidas. Foto: Divulgação
Última modificação em 10 de setembro de 2025 às 09:19
A doação de órgãos é um gesto de solidariedade que pode transformar a dor da perda em esperança para quem aguarda um transplante. Em Roraima, a campanha Setembro Verde ganha destaque como forma de conscientizar a população sobre a importância desse ato de amor ao próximo.
Instituído pela Lei 15.463/2014, o Setembro Verde tem como objetivo mobilizar a sociedade para a causa da doação de órgãos, promovendo o diálogo, a informação e a quebra de tabus que ainda cercam o tema.
Em Roraima, o trabalho de identificação e captação de potenciais doadores é realizado pela Central Estadual de Transplantes (CET-RR), que atua dentro do Hospital Geral de Roraima (HGR) e monitora toda a rede hospitalar, pública e privada, no estado.
Uma única pessoa doadora pode salvar até oito vidas. Apesar disso, a baixa taxa de autorização familiar ainda é um grande desafio. No Brasil, a doação só ocorre com o consentimento da família, por isso é essencial que as pessoas manifestem em vida seu desejo de doar, conversando abertamente com os entes queridos.
“A sensibilização das famílias é fundamental. Precisamos combater a desinformação e garantir que as pessoas compreendam como funciona o processo, desde o diagnóstico de morte encefálica até a captação dos órgãos”, destaca a coordenação da CET-RR.
Em casos de morte encefálica — lesão cerebral grave e irreversível —, e com a autorização familiar, a Central notifica o Sistema Nacional de Transplantes, que coordena a logística e o envio de equipes especializadas de outros estados para realizar a captação dos órgãos.
Pacientes de Roraima que precisam de transplante são incluídos na fila única do SUS (Sistema Único de Saúde) e encaminhados, por meio do programa Tratamento Fora do Domicílio, para centros especializados em outros estados, onde o procedimento é realizado.

Um sistema seguro, transparente e gratuito
O Sistema Nacional de Transplantes, considerado o maior do mundo com atendimento 100% público, funciona com base em critérios técnicos e de urgência, sem privilégios pessoais. O processo é inteiramente monitorado por um sistema informatizado oficial do Ministério da Saúde.
O diagnóstico de morte encefálica — etapa fundamental para a doação — é confirmado por dois médicos independentes, seguindo protocolos rígidos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina.
A doação de órgãos não é apenas um ato médico. É, sobretudo, um ato de empatia, responsabilidade social e humanidade. Em setembro e durante todo o ano, é fundamental lembrar: falar sobre doação é o primeiro passo para salvar vidas.
Com informações da Assessoria
Por: M3 Comunicação