
As vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. Foto: Reprodução
Roraima e os demais estados da Região Norte do Brasil precisam alcançar, até 2025, a meta de 95% de cobertura vacinal contra difteria, tétano e coqueluche. No ano passado, aproximadamente 85% do público-alvo recebeu o primeiro reforço da vacina DTP (vacina adsorvida contra difteria, tétano e pertussis), o que ainda está abaixo do ideal.
As vacinas dTpa (difteria, tétano e coqueluche para adultos), penta (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b) e DTP são fundamentais para prevenir a coqueluche. Essa doença é causada por uma bactéria que provoca tosse intensa e sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, podendo se agravar e levar à morte, especialmente em bebês menores de um ano e em pessoas com imunidade comprometida.
A principal forma de prevenção é a vacinação. Para proteger os recém-nascidos, o Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda a aplicação da vacina dTpa em gestantes a partir da 20ª semana de gestação. A recomendação também vale para todos os profissionais de saúde que atuam com recém-nascidos e para parteiras tradicionais. Os bebês devem ser imunizados com três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e receber duas doses de reforço com a vacina DTP (aos 15 meses e aos 4 anos).
Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Dr. Eder Gatti, a vacinação da gestante também protege o bebê por meio dos anticorpos maternos transferidos pela placenta.
“Vacinamos a gestante para que a criança nasça com os anticorpos maternos. Essa proteção passa pelo cordão umbilical e protege o bebê nos primeiros meses, até que ele possa receber sua própria dose da vacina”.
O Brasil tem registrado um aumento nos casos de coqueluche, especialmente em adolescentes e adultos jovens, que mesmo apresentando sintomas leves, podem transmitir a doença aos bebês – grupo com maior risco de complicações.
Vacinação também evita o retorno de doenças eliminadas
Além da coqueluche, a vacina dTpa também protege contra o tétano, incluindo o tétano neonatal, que pode ocorrer pela contaminação do coto umbilical por instrumentos não esterilizados. A vacinação ainda previne a difteria, doença que se tornou rara no país após a ampla cobertura vacinal, mas que pode voltar a circular caso a imunização seja negligenciada.
A proteção contra essas doenças começa com a dTpa durante a gestação, segue com as três doses da vacina penta e os reforços com DTP. A partir dos 7 anos de idade, é indicada a vacina dT (contra difteria e tétano), com reforço a cada 10 anos.
Em caso de dúvidas sobre as vacinas necessárias ou para verificar se o esquema vacinal está completo, basta procurar um posto de saúde com a Caderneta de Vacinação ou um documento com foto. A vacinação é gratuita e salva vidas.
Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao.
Fonte: Brasil 61
Por: M3 Comunicação