Refugiados são os principais afetados com corte de recursos norte-americanos
Última modificação em 31 de janeiro de 2025 às 17:40
O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu por três meses o repasse de recursos financeiros destinados a ajuda externa dos EUA. O decreto foi publicado neste sábado (25), e com o corte desses repasses os migrantes que cruzam a fronteira roraimense para fugir do regime autoritário da Venezuela, são os principais afetados.
Com os cortes de recursos a Organização Internacional para as Migrações (OIM), parceira da Operação Acolhida em Roraima, precisou suspender as atividades no país, o que levou o Governo Federal a manter, de forma emergencial, a operação em Roraima.
De acordo com o Governo Federal, eles seguem na tentativa de reduzir os impactos que esses cortes vão gerar. Essa decisão não afeta somente a Operação Acolhida que depende de dinheiro estrangeiro, mas também Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam no Brasil com o objetivo de contribuir para o bem estar daqueles que precisam.
O governo brasileiro reafirma seu compromisso com o acolhimento humanitário de imigrantes e seu entendimento sobre a importância das atividades desenvolvidas pela OIM e demais instituições especializadas no tema para alcance desse objetivo.
A Rede Cáritas, também suspendeu as atividades nesta segunda-feira (27) em Boa Vista e em Pacaraima. Com o projeto “WASH Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras” a ONG oferecia desde 2019, água potável, banheiro, ducha, fraldário e lavanderia para os migrantes que não tinham moradia.
Além da oferta de higiene pessoal e água portável, a Cáritas desenvolve desde 2022, o projeto “Sumaúma:
Nutrindo Vidas” que proporciona duas refeições nutritivas diárias, café da manhã e almoço, de segunda à sexta-feira para pessoas em vulnerabilidade extrema.
Ambos os projetos, que atendem os migrantes refugiados do regime do presidente Nicolás Maduro, são desenvolvidos com recursos do Governo dos Estados Unidos.
De acordo com o decreto emitido pelo Executivo da Presidência, o repasse desses recursos será realinhado e reavaliado pelo Escritório de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos EUA.
Durante esses três meses de suspensão, o Governo Federal Brasileiro vai conseguir manter o funcionamento da Operação Acolhida? E aqueles que dependiam do projeto Sumaúma para se alimentar diariamente, vão se alimentar como? Agora, para onde esses refugiados irão?
Por: Rayane Lima
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