
O próximo passo será a votação em convenção nacional do partido, marcada para o dia 5 de junho. Foto: Reprodução
Última modificação em 29 de abril de 2025 às 16:28
A Executiva Nacional do PSDB aprovou por unanimidade nesta terça-feira (29), em Brasília, o início do processo formal de fusão com o Podemos. A proposta recebeu 38 votos favoráveis e nenhum contrário. O próximo passo será a votação em convenção nacional do partido, marcada para o dia 5 de junho.
“Avançaremos na busca de uma alternativa partidária que se coloque no centro democrático, longe dos extremos, e que permita ao país voltar a se desenvolver”, afirmou o PSDB em nota.
A sigla destacou que continuará dialogando com o Podemos “para construir as convergências necessárias à consolidação de nossa união de estruturas e, principalmente, de propósitos”.
A presidente do Podemos, deputada Renata Abreu, também celebrou o avanço das negociações. Para ela, a união representa mais do que o fortalecimento das estruturas partidárias.
“É a união de propósitos e valores que colocam o interesse público acima de disputas ideológicas e extremismos”.
Recuo do PSD fortaleceu aproximação
A aproximação com o Podemos ganhou força após o recuo do PSDB em relação à incorporação pelo PSD, que poderia resultar na extinção da legenda tucana. A mudança de rumo foi motivada por forte resistência interna, inclusive de nomes como o deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
A proposta de fusão tem apoio das principais lideranças do PSDB, entre elas Marconi Perillo, Aécio Neves, Beto Richa, Paulo Serra e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
“Aqueles que apostaram no fim do PSDB estão testemunhando um recomeço”, afirmou Serra, que preside o diretório paulista do partido.
PSDB-Podemos terá fundo milionário
A nova sigla teria fôlego para superar a cláusula de barreira nas próximas eleições e se posicionar melhor em futuras alianças. Estimativas indicam que o fundo eleitoral do partido unificado chegaria a R$ 380 milhões, o sétimo maior do país, enquanto o fundo partidário alcançaria R$ 90 milhões, ficando em quinto lugar no ranking nacional.
A fusão também tornaria a legenda a quinta maior força nas Câmaras Municipais, com cerca de 400 prefeitos — mais que PT, PSB e PDT — governando municípios com população estimada em 16 milhões de brasileiros. No Congresso, a bancada poderia contar com 30 deputados e 7 senadores, caso não haja desfiliações.
Renata Abreu apoia a ideia de lançar uma candidatura própria à Presidência em 2026. Eduardo Leite, um dos nomes mais cotados no PSDB, já demonstrou interesse em disputar o Planalto.
Fonte: UOL Notícias
Por: M3 Comunicação