
A aprovação do governo subiu de 40% para 43%, enquanto a desaprovação caiu de 57% para 53% entre maio e julho. Foto: Reprodução
Última modificação em 16 de julho de 2025 às 09:47
A recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anunciar tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil acabou beneficiando o governo Lula (PT) em termos de popularidade, segundo análise do CEO da Quaest, Felipe Nunes, com base nos dados da nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).
De acordo com Nunes, o confronto entre Lula e Trump gerou uma reação positiva entre os brasileiros. A aprovação do governo subiu de 40% para 43%, enquanto a desaprovação caiu de 57% para 53% entre maio e julho. Isso reduziu o saldo negativo de -17 para -10 pontos percentuais.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas sobre o impacto das tarifas e como veem a resposta do governo brasileiro. Para 72% dos entrevistados, Trump está errado ao impor essas taxas, e muitos acreditam que ele o fez por achar que o Brasil persegue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, 53% concordam com a reação do governo Lula ao aplicar medidas semelhantes contra os EUA, enquanto 39% discordam.
Quanto às falas de Lula durante a reunião do Brics, nas quais criticou Trump, 55% dos brasileiros acreditam que o presidente brasileiro provocou o ex-líder americano.
Popularidade cresce fora das bases tradicionais
Outro ponto destacado por Felipe Nunes é que a melhora na popularidade de Lula ocorreu, em grande parte, fora de seus redutos eleitorais mais fiéis. Um exemplo é o Sudeste, onde a diferença negativa na aprovação caiu de -32 para -16 pontos.
Esse crescimento também apareceu em grupos com diferentes níveis de escolaridade, renda e posicionamento político.
Por outro lado, temas como a situação da economia e a proposta de taxação dos super-ricos parecem ter tido pouco impacto direto nessa recuperação da imagem do governo. Segundo Nunes, apenas 43% dos brasileiros conhecem o conceito de “justiça tributária”, defendido pelo governo federal.
Fonte: CNN Brasil
Por: M3 Comunicação