
32% dizem usar IA com frequência e 43% afirmam utilizá-la de vez em quando. Foto: Reprodução
Última modificação em 22 de agosto de 2025 às 09:33
Uma pesquisa recente do Observatório Fundação Itaú, realizada em parceria com o Datafolha, revela que a inteligência artificial (IA) já faz parte da rotina de 75% dos brasileiros, e isso inclui os jovens da Região Norte. O dado mostra que a tecnologia, antes restrita à ficção científica, está presente no dia a dia de forma concreta: 32% dizem usar IA com frequência e 43% afirmam utilizá-la de vez em quando.
O uso da IA é mais intenso entre quem tem ensino superior (47%) e pertence às classes A e B (40%). Entre as faixas etárias, os mais conectados são os jovens de 25 a 34 anos (41%), seguidos pelos de 16 a 24 anos (38%). Já entre os maiores de 60 anos, o índice de uso cai para apenas 19%.
Mesmo sem compreender totalmente o conceito de “inteligência artificial”, já que 46% dos entrevistados admitem não saber exatamente o que o termo significa, a grande maioria (93%) já utiliza ferramentas que dependem dessa tecnologia.
As mais populares são as redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp), utilizadas por 89% dos entrevistados, seguidas por plataformas de streaming como Netflix, YouTube e Spotify (78%), aplicativos de mapas e navegação (63%), assistentes de voz como Alexa e Siri (54%), ferramentas de texto como ChatGPT, Gemini e DeepSeek (43%) e, por fim, geradores de imagem e vídeo como MidJourney e DALL·E (31%).
A IA é usada para diferentes finalidades: 70% das pessoas recorrem à tecnologia para estudar, trabalhar ou se divertir. Os principais usos incluem buscar informações rápidas (56%), resumir textos e documentos (também 56%), descobrir filmes, músicas, séries e jogos (51%), aprender algo novo (50%), criar conteúdos como textos, imagens ou vídeos (45%) e até cuidar da saúde, como monitorar exercícios físicos e dietas (44%).
No Norte do país, os jovens destacam o quanto essas ferramentas ajudam a economizar tempo, especialmente para realizar tarefas acadêmicas, buscar referências para projetos, organizar viagens e obter recomendações personalizadas.
O levantamento também mostra que o acesso à IA ainda depende de fatores como escolaridade e renda. Entre os universitários, por exemplo, 74% usam IA no trabalho e 73% nos estudos. Já entre pessoas com apenas o ensino fundamental, esses índices caem para 33% e 25%, respectivamente. Quanto maior a renda, maior o engajamento com as ferramentas.
Em relação aos custos, a maioria dos usuários (69%) utiliza apenas versões gratuitas. Apenas 11% assinam planos pagos, enquanto 20% mesclam os dois tipos de acesso.
Ainda assim, nem todo mundo aderiu à inteligência artificial. Entre os que nunca usaram, os motivos vão desde a falta de interesse (34%) e o desconhecimento (24%) até a dificuldade de uso (17%) e a falta de confiança (15%). Curiosamente, a desconfiança aparece com mais força entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (24%), enquanto a falta de interesse é mais comum entre adultos de 25 a 34 anos (53%).
Fonte: Datafolha
Por: M3 Comunicação