
Apesar de 58% rejeitarem uma nova candidatura de Lula, 65% também são contra o retorno de Bolsonaro. Foto: Reprodução
Última modificação em 21 de agosto de 2025 às 09:55
Levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quinta-feira (21) aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou fôlego na corrida pela reeleição em 2026. O petista lidera as intenções de voto contra todos os adversários testados pelo instituto, consolidando vantagem num cenário ainda marcado por forte rejeição à sua candidatura.
Apesar de 58% dos entrevistados considerarem que Lula não deveria disputar um novo mandato, o índice é ainda maior quando se trata do ex-presidente Jair Bolsonaro: 65% acham que ele também não deveria tentar voltar ao cargo — mesmo estando inelegível até 2030. A maioria acredita que ele deveria apoiar outro nome.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto com 12.150 pessoas. Quando perguntados sobre qual dos dois líderes políticos mais temem, 47% citaram Bolsonaro, enquanto 39% apontaram Lula. No comparativo com julho, Bolsonaro viu sua rejeição subir: o percentual dos que preferem que ele não dispute as eleições subiu de 62% para 65%, e o índice de medo em relação a ele passou de 44% para 47%. Já os números de Lula se mantiveram estáveis, com pequenas oscilações dentro da margem de erro.
Crescimento nas simulações de segundo turno
Nos cenários de segundo turno, Lula ampliou sua vantagem em relação a Bolsonaro. Em julho, liderava por 43% a 37%; agora, abriu 12 pontos de frente: 47% a 35%. Em maio, os dois estavam tecnicamente empatados, com 41% cada.
O presidente também ampliou a diferença sobre outros possíveis adversários. Contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou de uma vantagem de 4 pontos (41% a 37%) para 8 pontos (43% a 35%). Mesmo assim, Tarcísio aparece como o nome mais competitivo da oposição, superando Bolsonaro em desempenho.
Outros nomes testados apresentaram desempenho ainda mais distante de Lula. A diferença a favor do presidente aumentou em relação a Michelle Bolsonaro (de 7 para 13 pontos), Ratinho Jr. (10 pontos), Romeu Zema (14 pontos), Eduardo Leite (16 pontos), Eduardo Bolsonaro (19 pontos) e Ronaldo Caiado (16 pontos).
A melhora nos números de Lula é atribuída, em parte, à recente alta na aprovação de seu governo, impulsionada pelo embate público com Donald Trump sobre tarifas comerciais e pela percepção de queda na inflação.
Fonte: O Antagonista
Por: M3 Comunicação