
De acordo com o Atlas são 10,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Última modificação em 13 de maio de 2025 às 10:48
A edição de 2025 do Atlas da Violência foi divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo Forum Brasileiro de Segurança Pública e trouxe diversos dados sobre Roraima. Um dos principais indicadores apontados pelo levantamento é a taxa de homicídios de mulheres: pela segunda vez consecutiva o Estado possui a maior taxa de homicídios de mulheres em 2023.
De acordo com o Atlas são 10,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, mesmo número registrado em 2022. Ainda segundo o levantamento, ao longo de 2023 foram 31 assassinatos de mulheres, mesmo número registrado no ano anterior. Das 31 vítimas roraimenses, 12 eram indígenas e 15 eram pardas. As outras quatro mulheres não tiveram a raça informada no levantamento.
A média para o Brasil é de 3,5 casos a cada 100 mil habitantes, se comparado a esse número, em Roraima a incidência de homicídios contra mulheres é mais de três vezes maior que a média nacional.
Região Norte possui os maiores índices
De acordo com o levantamento, a Região Norte possui os maiores índices de homicídios contra mulheres. Além de Roraima, os estados do Amazonas e Rondônia também estão entre os que registraram os maiores índices, os dois com taxa de 5,9 homicídios de mulheres para cada 100 mil habitantes. Fora do Norte do país, o único outro estado a registrar altos índices foi a Bahia, também com 5,9 casos a cada 100 mil habitantes.
Além dos números alarmantes de homicídios de mulheres, no início do ano Roraima já havia registrado aumento no número de denúncias de violência doméstica via “Disque 180”. Em 2024 foram registrados 1.307 atendimentos registrados em Roraima, um aumento de 8,2% em relação ao ano anterior, quando 1.208 foram computados.
Ainda no ano passado, segundo a plataforma federal, houve aumento de 26,4% no número de denúncias no estado, passando de 174 em 2023 para 220 em 2024. Desse total, 199 foram recebidas por telefone e 16 por WhatsApp.
Fonte: Atlas da Segurança/ Agência Gov
Por: M3 Comunicação