
As investigações, apontam indícios de manipulação de resultados em vestibulares e concursos públicos. Foto: Divulgação PF
Última modificação em 14 de outubro de 2025 às 09:15
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Meritum, que investiga um suposto esquema de fraude e corrupção em vestibulares e concursos públicos da Universidade Estadual de Roraima (UERR). Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Boa Vista, incluindo na sede administrativa da instituição.
Entre os alvos estão o ex-reitor Regys Freitas e oito servidores da universidade. As buscas ocorreram em residências particulares e em setores internos da UERR, como a Comissão Permanente de Concursos e Vestibulares (CPVC) e o Controle Interno.
De acordo com a PF, as investigações identificaram indícios de manipulação de resultados em processos seletivos, com favorecimento indevido de candidatos que tiveram acesso privilegiado às provas e direcionamento de vagas.
A Justiça determinou ainda o afastamento temporário dos servidores investigados, quebra de sigilo telemático e a instauração de sindicância administrativa para apurar irregularidades funcionais. Durante o período de afastamento, os servidores continuam recebendo remuneração, mas estão proibidos de acessar sistemas internos da universidade ou manter contato com subordinados sobre concursos e vestibulares.
Esta não é a primeira vez que a UERR é alvo da PF. Em 2023, a Operação Harpia apreendeu R$ 3,2 milhões em espécie durante investigação de pagamento de propina envolvendo uma empresa de engenharia e a universidade.
Já em abril de 2025, uma nova fase da investigação mirou novamente Regys Freitas e o atual reitor, Cláudio Travassos, sob suspeita de desvio de mais de R$ 100 milhões em licitações. Na ocasião, a Justiça determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Regys e o bloqueio de bens, incluindo carros de luxo, gado e um avião.
Fonte: PF
Por: M3 Comunicação Integrada