
Última modificação em 31 de março de 2025 às 14:22
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, é uma data importante para promover a compreensão, aceitação e apoio às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A datada é marcada por eventos e campanhas ao redor do mundo e visa sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de inclusão e respeito às diferenças.
A luta pela conscientização do autismo envolve não apenas familiares e profissionais da saúde, mas também os autistas, que compartilham suas experiências para que todos compreendam as dificuldades e os direitos dessa população.
Rodrimary Nobre, mãe de uma criança que se enquadra no espectro e ativista pela inclusão, relembra sua primeira experiência ao descobrir o diagnóstico de seu filho.
“Logo no início da vida, ele já apresentou alguns comportamentos que não estavam de acordo com a idade dele. E, em determinado momento, antes de fechar o diagnóstico, quando ele tinha um ano, passamos por um perrengue bem grande”, disse.
Ela ressalta que é essencial que as pessoas entendam que o autismo afeta o desenvolvimento de cada indivíduo de uma maneira única e que as pessoas com TEA precisam de mais aceitação.
Quando as pessoas compreendem as razões por trás de certos comportamentos ou reações, tendem a ter um olhar mais empático e acolhedor.
“Eu gosto sempre de reforçar sobre a conscientização, ao invés de criticar, excluir ou não acolher, devemos informar. É por isso que acontecem essas coisas, e, assim, a pessoa já passa a ter um outro olhar. Por isso vejo realmente a importância da conscientização”, ressaltou Rodrimary.
Além disso, a conscientização não deve se limitar a um único dia do ano, ela deve ser uma prática diária, que envolva famílias, escolas e toda sociedade.

Brasil tem 2 milhões de pessoas autistas, aponta IBGE
Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas no brasil tenham autismo, o que corresponde a cerca de 1% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a psicóloga Letícia Campos, a conscientização é o primeiro passo para garantir que a sociedade não exclua.
“O autismo não é uma doença, mas uma forma diferente de perceber e interagir com o mundo. A educação e a empatia são fundamentais para a construção de uma sociedade inclusiva”, disse.
A psicóloga destaca que, ao invés de excluir, devemos acolher e oferecer as condições necessárias para que autistas e pessoas neurodivergentes possam desenvolver seu potencial.
Ela ressalta que o autismo não é uma condição que se resolve, mas sim algo que faz arte da identidade do indivíduo e entender as suas especificidades e fornecer um ambiente de aceitação e apoio é essencial para o seu desenvolvimento.
“A conscientização vai muito além de um dia no calendário, ela deve ser uma prática diária” completa Letícia.
Neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a mensagem é clara: respeitar e apoiar autistas é essencial para construir um mundo mais inclusivo.
A luta por igualdade continua, e cada ação, por menor que seja, faz a diferença.
Por: M3 Comunicação