
A decisão de Moraes inclui, além da prisão em casa, a proibição de visitas e a apreensão dos celulares do ex-presidente. Foto: Reprodução
Última modificação em 5 de agosto de 2025 às 11:27
Uma pesquisa da Quaest, divulgada nesta terça-feira (5), mostrou que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro dividiu opiniões nas redes sociais — mas a maioria demonstrou apoio à medida. Segundo os dados, 53% das postagens analisadas foram favoráveis à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enquanto 47% se posicionaram contra.
O levantamento identificou um cenário de forte polarização. De um lado, críticos do ex-presidente comemoraram a prisão; do outro, apoiadores acusaram o STF de abuso de autoridade e perseguição política.
A análise se baseou em cerca de 1,2 milhão de menções feitas entre as 18h e 21h de segunda-feira (4), logo após o anúncio da prisão. Durante esse período, o debate nas redes foi intenso, com cerca de 51 mil publicações por hora. Esse volume foi maior do que o registrado no episódio das sanções da Lei Magnitsky contra Moraes (31 mil por hora), mas menor do que o pico da operação da Polícia Federal em julho, quando Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica (72 mil por hora).
Entenda o motivo da prisão domiciliar
A decisão de Moraes inclui, além da prisão em casa, a proibição de visitas e a apreensão dos celulares do ex-presidente. Segundo o ministro, Bolsonaro violou as medidas cautelares que o impediam de usar redes sociais, mesmo por meio de terceiros.
O exemplo citado por Moraes foi um vídeo publicado no domingo (3) no perfil do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, em que Jair Bolsonaro aparece mandando uma mensagem a apoiadores em um ato no Rio de Janeiro. A postagem foi apagada depois, mas foi considerada uma infração.
Desde julho, Bolsonaro está proibido de se manifestar nas redes sociais direta ou indiretamente, e passou a usar tornozeleira eletrônica. Na época, Moraes havia alertado que o descumprimento das restrições poderia resultar em prisão — o que, segundo ele, aconteceu agora.
Fonte: G1
Por: M3 Comunicação