
Entre os principais meios utilizados nessa repressão está o Navio-Patrulha Fluvial Amapá. Foto: Divulgação / Marinha
Última modificação em 8 de julho de 2025 às 08:49
Em uma ação coordenada com as três Forças Armadas, a Força Naval Componente (FNC) vem atuando na região do Rio Catrimani, área de difícil acesso e considerada rota estratégica para a logística do garimpo.
Desde a ativação da FNC, no dia 15 de junho, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II tem ampliado sua presença e intensificado as ações de desintrusão ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Entre os principais meios utilizados nessa repressão está o Navio-Patrulha Fluvial Amapá, que realizou diversas missões de patrulhamento ao longo do mês de junho. O navio foi responsável por interceptar embarcações suspeitas de atividade ilícita, estabelecer bloqueios em pontos considerados sensíveis para a movimentação de garimpeiros e desmantelar estruturas logísticas utilizadas pelos criminosos, aumentando o controle sobre a região.
No eixo terrestre, a atuação da Marinha conta com um Grupo de Combate de Fuzileiros Navais do 1º Batalhão de Operações Ribeirinhas, sediado em Manaus (AM). Os militares foram transportados para Roraima no dia 19 de junho, por meio de uma aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira.
Desde então, vêm realizando patrulhamentos integrados, tanto fluviais quanto terrestres, com foco na desarticulação das estruturas logísticas dos garimpos ilegais. A atuação dos Fuzileiros Navais têm se concentrado na neutralização de pontos de apoio usados por garimpeiros, como acampamentos improvisados, depósitos de combustível e trilhas de acesso em áreas isoladas.
Além de desarticular redes ilegais, as ações contribuem para ampliar a sensação de segurança dos povos indígenas na Terra Yanomami, que enfrentam os impactos da exploração em seu território.
Apesar dos avanços, o combate ao garimpo exige continuidade e integração entre diferentes esferas do poder público, especialmente diante dos desafios logísticos e geográficos da região. Para isso, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II tem garantido a continuidade das ações de patrulhamento fluvial com foco na repressão ao garimpo e no reforço da presença do Estado na região amazônica.
Assistência médica por meio do Navio Hospitalar
Também participa da operação o Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) Carlos Chagas, que tem levado atendimento médico e odontológico às populações ribeirinhas e indígenas. Ao todo, a tripulação do Navio já atendeu 662 ribeirinhos de 12 localidades, sendo elas: Vista Alegre, Santa Maria do Boaçu, Santa Maria Velha, Vila Sacaí, Tupanaruca, Vila Dona Cota, Moura, Pudiari, Novo Airão, Sacará, Santa Helena e Arara. Além disso, foram distribuídos mais de 13 mil medicamentos. A ação tem se mostrado fundamental para garantir a melhora na qualidade de vida da população local.
Fonte: Imprensa Operação Catrimani
Por: M3 Comunicação