
Fernando Takao Marisihiqui Filho matou a fisiculturista Ariane Real da Silva, de 31 anos, em um acidente. Foto: Reprodução
Última modificação em 23 de outubro de 2025 às 10:25
O Tribunal do Júri condenou, nesta quarta-feira (22), Fernando Takao Marishiqui Filho a 12 anos e 11 meses de reclusão, em regime fechado, pela morte das jovens Ariane Real da Silva e Layse Sampaio Salomão, em um acidente ocorrido em outubro de 2023, no bairro Caçari, em Boa Vista. Ele também teve a habilitação suspensa por cinco anos.
Crime ocorreu após consumo de álcool
De acordo com a denúncia, após consumir bebida alcoólica em um bar, Takao dirigia um Camaro em alta velocidade quando atingiu violentamente o veículo onde estavam as vítimas, no cruzamento da Avenida Ville Roy com a Rua Presidente Juscelino Kubitschek, na madrugada de 28 de outubro de 2023. Logo após a colisão, ele ainda tentou se desfazer de uma garrafa de bebida alcoólica.
Ariane morreu no local. Layse chegou a ser socorrida, mas faleceu horas depois no Hospital Geral de Roraima.
Duplo homicídio e embriaguez ao volante
O réu foi condenado por duplo homicídio e embriaguez ao volante. A atuação no Tribunal do Júri foi conduzida pelos promotores de Justiça Paulo André Trindade, Joaquim Eduardo dos Santos e André Felipe Bagatin, representantes do Ministério Público de Roraima (MPRR).
MP reforça combate à violência no trânsito
Para o promotor Paulo André Trindade, a condenação representa um avanço no enfrentamento aos crimes de trânsito no estado:
“Foi uma resposta firme ao comportamento irresponsável no trânsito, marcado pela embriaguez e pelo excesso de velocidade. A sociedade, representada pelo Conselho de Sentença, endossou a tese do Ministério Público”, afirmou.
O promotor Joaquim Eduardo dos Santos destacou o impacto humano causado pelas mortes:
“Cada vida perdida representa uma dor irreparável para uma família. A condenação oferece uma forma de honrar a memória das vítimas e reconhecer o vazio deixado para seus familiares”, declarou.
Já o promotor André Felipe Bagatin ressaltou o caráter educativo da decisão:
“Esperamos que sirva de alerta para quem insiste em beber e dirigir. O trânsito em Roraima tem se mostrado cada vez mais violento, e decisões como esta são essenciais para inibir comportamentos criminosos”, concluiu.
Por: M3 Comunicação Integrada