Geana morreu de infecção generalizada após tentar colocar um DIU. Foto: Divulgação/ADPER
Última modificação em 27 de março de 2025 às 09:25
Após a constatação da morte por infecção generalizada da defensora pública Geana Oliveira, o Ministério Público de Roraima (MPRR) informou nesta quarta-feira (26) que abriu procedimento para apurar o caso. Segundo a família de Geana, a infecção ocorreu após a colocação de um Dispositivo Intrauterino (DIU).
A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPRR informou por meio de nota que iniciou a apuração do caso e vai se ocorreu alguma imperícia médica e/ou falha no atendimento hospitalar.
Segundo informações da família, Geana Oliveira morreu na terça-feira (25) após tentar colocar o DIU no dia 18 de março, em uma clínica particular na cidade. Após o procedimento começou a sentir-se mal: teve febre e dores em casa.
Ela deu entrada em um hospital privado na cidade na terça, onde o quadro se agravou e não resistiu. Chegou a ser levada a Unidade de Terapia Intensiva mas, não resistiu.
Nas redes sociais, a médica que tentou colocar o DIU, Mayra Suzanne Garcia Valladão, emitiu uma nota e afirmou que a morte da defensora “não tem relação com os atendimentos médicos realizados pela profissional, pois prestou toda a assistência necessária”.
Ainda por meio da nota divulgada nas redes sociais, a médica afirma ter especialização em ginecologia e obstetrícia, contudo, a especialidade não está registrada junto ao cadastro de Mayra no Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR).
Como se coloca o DIU?
A inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU) é um procedimento realizado em consultório médico por um ginecologista. O DIU é inserido através de um aplicador fino, e, uma vez posicionado corretamente, os fios de controle são ajustados para facilitar futuras remoções. O procedimento geralmente leva poucos minutos, mas pode causar desconforto ou cólicas leves.
Embora seguro, o procedimento apresenta alguns riscos, como dor intensa, sangramento excessivo e perfuração uterina, embora esta última seja rara. Além disso, há um pequeno risco de infecção nos primeiros dias após a colocação, sendo recomendado o uso de antibióticos preventivos em alguns casos.
No caso de Geana, o Dispositivo teria perfurado o útero e causado uma infecção grave no colo do útero que se espalhou para o corpo e provocou a morte da defensora.
Fonte: Com informações da assessoria
Por: M3 Comunicação
