
Apesar do crescimento, ritmo é menor que o mesmo período de 2024. Foto: Reprodução
O Brasil encerrou o mês de março com saldo positivo de 71.576 empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado decorre de 2.234.662 admissões e 2.163.086 desligamentos no período.
Na comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram criadas 244.315 vagas formais, o desempenho deste ano é mais modesto. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a diferença pode ser atribuída ao calendário do carnaval. “O carnaval este ano caiu em março, e normalmente acontece em fevereiro. Isso impacta o ritmo das contratações”, explicou.
No acumulado do ano, de janeiro a março, o saldo é de 654.503 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 7.138.587 contratações contra 6.484.084 demissões.
Para Marinho, os números do mercado de trabalho são um sinal para que o Banco Central repense a atual política monetária.
“De repente isso deixa o povo do Banco Central feliz, quem sabe eles possam com isso tirar o pé do freio da contenção e liberar a economia para funcionar melhor. Está na hora de falar em parar de aumentar a taxa Selic e falar em reduzir a taxa Selic. Essa é a mensagem do mercado de trabalho”, afirmou o ministro.
Setores e regiões
Entre os setores da economia, três dos cinco grandes grupamentos apresentaram saldo positivo em março:
- Serviços (+52.459 postos)
- Construção (+21.946 postos)
- Indústria (+13.131 postos)
Já o comércio (-10.310) e a agropecuária (-5.644) fecharam o mês com redução no número de empregos.
Na divisão regional, quatro das cinco grandes regiões registraram crescimento no emprego formal:
- Sudeste (+48.086)
- Sul (+24.533)
- Centro-Oeste (+6.962)
- Norte (+5.170)
O Nordeste foi a única região a apresentar saldo negativo, com perda de 13.199 postos. No total, 19 das 27 unidades da Federação tiveram resultado positivo.
Perfil das contratações
Dos empregos gerados em março, 48.922 foram ocupados por mulheres e 22.654 por homens. A faixa etária que mais se destacou foi a dos jovens entre 18 e 24 anos, responsável por um saldo de 77.902 vagas formais.
Desemprego
Também nesta quarta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que apontam uma taxa de desocupação de 7% no primeiro trimestre de 2025. Embora acima do índice registrado no último trimestre de 2024 (6,2%), o número é o menor da série histórica para o período entre janeiro e março.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação