
A fase de maior contágio é a primeira semana dos sintomas. Foto: Jikaboom/Getty Images
Febre, dor de garganta, recusa de alimentos e até de líquidos e o sintoma mais característico: bolhas nos pés, mãos e aftas na boca. Entre os pais de crianças menores de cinco anos, especialmente aqueles que frequentam creches e ambientes com outras crianças dessa mesma faixa etária, essa doença é bem conhecida e tem um nome quase autoexplicativo: Mão-pé-boca.
Segundo a pediatra Elizabeth Ikino, professora da Afya Educação Médica, o nome da síndrome se refere ao fato de as lesões que aparecem mais na boca, mãos e pés. A médica orienta que os pais não devem se desesperar, especialmente procurando soluções em tutoriais da internet. A recomendação é que busquem ajuda médica, levando em conta que na maioria dos casos a doença é benigna e a cura é de forma espontânea.
A médica explica que a doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habita normalmente o sistema digestivo e pode provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). A transmissão é fecal-oral, por secreções respiratórias, por alimentos ou objetos contaminados. A fase de maior contágio é a primeira semana dos sintomas.
De acordo com Elizabeth Ikino, na maior parte dos casos, o tratamento da síndrome mão-pé-boca é apenas dos sintomas, com prescrição de antitérmico, anti-inflamatório e hidratação.
Quando as lesões são muito extensas e impedem a criança de se hidratar e/ou alimentar, pode ser necessário internação para administrar dieta via sonda nasogástrica. E em caso de infecção secundária, é necessário antibiótico. Como o contágio pode ocorrer de muitas maneiras, a pediatra orienta que o contato com a pessoa contaminada seja evitado.
“Mas além disso, a família deve manter medidas de higiene reforçadas, como lavar as mãos, limpar bem superfícies e objetos, não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos; afastar a criança doente da escola até o desaparecimento dos sintomas, o que geralmente leva de 5 a 7 dias após início dos sintomas”, pontua a pediatra.
O ideal é buscar um médico e, caso haja crianças pequenas em casa, aplicar o protocolo de controle e cuidados da doença em todos. Antes de dar qualquer medicação, é preciso buscar a recomendação de um médico pediatra.
Fonte: Três Comunicação
Por: M3 Comunicação