
. Desde o início da estratégia, em 2018, mais de 1.100 municípios em todas as regiões do país acolheram cidadãos venezuelanos. Foto: Reprodução
Última modificação em 25 de junho de 2025 às 16:13
A Operação Acolhida, iniciativa do Governo Federal em resposta à crise migratória da Venezuela, alcançou em junho a marca de 150 mil refugiados e migrantes interiorizados em território brasileiro. Desde o início da estratégia, em 2018, mais de 1.100 municípios em todas as regiões do país acolheram cidadãos venezuelanos em busca de melhores condições de vida e oportunidades de trabalho.
A interiorização representa a etapa final do processo de integração dos migrantes no Brasil. Coordenada pelo Governo Federal, com o apoio de mais de 120 parceiros — incluindo ministérios, agências das Nações Unidas e organizações da sociedade civil —, essa fase garante um deslocamento voluntário, seguro e organizado, com foco na autonomia dos beneficiários e na sua inserção socioeconômica.
Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, a estratégia reafirma o compromisso do país com os acordos internacionais de proteção a migrantes e refugiados.
“O que a gente deseja é garantir condições para uma vida melhor no Brasil. E fazemos isso com respeito às regras internacionais e aos tratados com outros países”, destacou o ministro.
A gerente de Projeto da Secretaria Nacional de Assistência Social e coordenadora do Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização, Niusarete Margarida de Lima, explicou que muitos dos venezuelanos chegam a Roraima em situação de extrema vulnerabilidade. O processo de interiorização, segundo ela, é fundamental para permitir a reconstrução dessas vidas em outras regiões do país.
“A população local acolhe essas pessoas, mas temos a necessidade de deslocá-las voluntariamente para outras unidades da federação, onde possam viver com suas famílias com autonomia, acessar trabalho, serviços e benefícios, em igualdade com os nacionais”, afirmou.
A Operação Acolhida é estruturada em três eixos principais: ordenamento de fronteira, acolhimento e interiorização. Esta última etapa pode ocorrer por quatro modalidades:
- Institucional: transferência de abrigos em Roraima para abrigos em outras cidades;
- Reunificação Familiar;
- Reunião Social;
- Vaga de Emprego Sinalizada (VES): quando já há uma oferta formal de trabalho no destino.
Desde seu lançamento, a operação tem proporcionado realocação segura, gratuita e voluntária, contribuindo para a redução da vulnerabilidade social dos migrantes e para sua integração nas comunidades de destino.

Com informações da Assessoria
Por: M3 Comunicação