
A decisão final sobre a extradição cabe à Justiça e ao governo da Itália. Até o momento, não há prazo definido para uma resolução. Foto: Reprodução
Última modificação em 1 de agosto de 2025 às 14:25
A Justiça da Itália decidiu, nesta sexta-feira (1º), manter a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar passou por audiência de custódia dois dias após ter sido detida em Roma, onde tentava evitar o cumprimento de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli, que possui cidadania italiana, deixou o Brasil em maio deste ano alegando perseguição política e solicitou asilo na Itália. A fuga ocorreu após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. Além da pena, a deputada foi sentenciada ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos.
Segundo as investigações, Zambelli foi a mandante intelectual da ação hacker que resultou na emissão fraudulenta de um mandado de prisão contra o ministro Moraes. O ataque cibernético foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e afirmou ter agido sob orientação da parlamentar.
Com a fuga para a Europa, o governo brasileiro formalizou o pedido de extradição em 11 de junho. A solicitação, feita por Moraes, foi encaminhada ao governo italiano por meio do Itamaraty. Na quinta-feira (31), a Advocacia-Geral da União (AGU) declarou que adotará todas as medidas necessárias para garantir o retorno da deputada ao Brasil.
A decisão final sobre a extradição cabe à Justiça e ao governo da Itália. O processo, no entanto, costuma ser demorado, pois envolve análise de aspectos legais italianos e acordos internacionais firmados entre os dois países. Até o momento, não há prazo definido para uma resolução.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação