Última modificação em 24 de fevereiro de 2025 às 12:02

O preços dos alimentos não assustam os brasileiros apenas em 2025. Nos últimos anos, fatores como secas e enchentes mais frequentes, pandemia, guerra na Ucrânia e alta do dólar americano, pandemia, impactaram diretamente no custo das compras no supermercado, tornando a alimentação um peso ainda maior no orçamento das famílias.
Segundo o jornal O Globo, um estudo do economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que os alimentos já consomem 22,61% do orçamento das famílias de baixa renda (1 a 1,5 salário mínimo).
Para se ter uma ideia, em janeiro de 2018, essa fatia era de 18,44%. Ou seja, mesmo com reajustes no salário mínimo, os gastos com alimentação cresceram proporcionalmente mais do que a renda.
Desde o início de 2020, a alimentação do domicílio acumula uma alta de 55,87%, enquanto a inflação geral no mesmo período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 33,46%.
Isso significa que a comida está subindo mais rápido do que outros itens do dia a dia, tornando-se um dos principais desafios para os brasileiros, especialmente os mais pobres.
Como os brasileiros estão lidando com essa realidade?
O vigilante, Edson Falcão Júnior, de 44 anos, precisou adaptar sua rotina para enfrentar o aumento dos preços. Além de trocar a carne por opções mais baratas, ele reduziu a cobertura do plano de saúde para garantir que o orçamento familiar não estourasse.
“Se não for assim, a gente não consegue comprar as coisas. A carne está com o preço lá em cima. Se a gente não consegue comprar num dia de promoção, troca por uma carne mais barata”, explicou.
Apesar da expectativa de uma inflação mais controlada, os especialistas alertam que os preços dos alimentos continuarão elevados.
Como o Brasil pode enfrentar esse problema?
Diante deste cenário, especialistas apontam que políticas públicas mais eficazes podem ser fundamentais para conter o impacto da inflação alimentar.
Medidas como incentivos à produção agrícola, redução de impostos sobre alimentos essenciais e ampliação de programas de auxilio às famílias mais vulneráveis podem ajudar a minimizar os efeitos das altas dos preços.
Mas será que apenas medidas emergenciais são suficientes? O Brasil, como grande produtor de alimentos, pode encontrar maneiras mais sustentáveis de garantir que a comida chegue à mesa do brasileiro a preços mais acessíveis?
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil/10-01-2025
Fonte: O Globo
Por: Papo M3 Realidades