
Jamiro Alves pagou fiança de R$ 3 mil, mas vai continuar respondendo ao processo. (Foto: Nonato Sousa/ALE-RR)
Última modificação em 12 de março de 2025 às 09:23
Jamiro Alves da Silva, de 51 anos, foi solto na tarde desta terça-feira (11), após pagar fiança no valor de R$ 3 mil. Ele havia sido preso em flagrante na segunda-feira (10) por omissão da verdade durante uma oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Terras, na Assembleia Legislativa de Roraima.
A prisão ocorreu após Jamiro negar qualquer relação com Almiro e afirmar não possuir patrimônio. No entanto, o deputado Jorge Everton confrontou a testemunha, revelando que, em sua declaração à Justiça Eleitoral, Jamiro havia registrado um patrimônio de R$ 10 milhões.
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“O senhor está mentindo para nós ou para a Justiça Eleitoral? Está faltando com a verdade nesta CPI. Diante disso, encerro a oitiva e determino que a segurança o conduza à delegacia para prestar esclarecimentos”, declarou Everton.
Além disso, o ex-candidato afirmou conhecer apenas superficialmente Almiro Ferreira Marinho, envolvido na investigação da CPI, mas registros mostraram que ele possuía uma procuração assinada por Marinho. Diante das contradições, a comissão determinou sua condução à Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública.
Informações do TRE
Jamiro concorreu ao cargo de deputado federal pelo PDT em 2022, declarando um patrimônio de mais de R$ 10 milhões, formado principalmente por terrenos e propriedades rurais. Porém, na CPI, afirmou estar desempregado e viver de comissões sobre vendas de imóveis urbanos. Foi com base nas informações que ele mesmo reportou ao TRE que os deputados conduziram o ex-candidato à delegacia.

O crime de falso testemunho, previsto no artigo 342 do Código Penal, pode levar a dois a quatro anos de prisão, além de multa. Apesar de pagar fiança e ser solto, Jamiro continua respondendo ao processo, que foi encaminhado ao Ministério Público.
Com informações da Assessoria
Por: Papo M3 Realidades