
Só o Conselho de Segurança pode aplicar sanções, usar força e mandar missões de paz na ONU. Foto: Reprodução
Última modificação em 2 de junho de 2025 às 15:37
A Guiana assumiu, neste domingo (1º), a presidência rotativa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo período de um mês. O colegiado é o único órgão da ONU com autoridade para impor sanções, autorizar o uso da força militar e estabelecer missões de paz.
Membro não permanente do Conselho durante o biênio 2024-2025, a Guiana presidiu o órgão pela última vez em fevereiro de 2024. Na ocasião, foi elogiada por sua postura “transparente, consultiva e inclusiva”, segundo outros membros do colegiado.
Prioridades e agenda
Ao longo de junho, a Guiana coordenará uma série de reuniões obrigatórias que abordarão crises em países como Síria, República Democrática do Congo, Iraque, Afeganistão, República Centro-Africana, Sudão, Líbia e Iêmen — todos atualmente afetados por conflitos armados, internos ou externos.
Também está prevista uma reunião para discutir a Resolução 2334, que declara ilegal a construção de assentamentos israelenses em territórios palestinos ocupados.
No dia 19, o presidente guianense, Irfaan Ali, comandará um Debate Aberto de Alto Nível com o tema “Pobreza, Subdesenvolvimento e Conflito: Implicações para a Manutenção da Paz e Segurança Internacionais”. O evento contará com a presença de representantes do sistema ONU, da União Africana e de diversos Estados-Membros.
A discussão terá como base encontros anteriores do Conselho sobre a relação entre desenvolvimento sustentável, pobreza e segurança global. Segundo a presidência guianense, o debate ocorre em um contexto de “escalada de conflitos armados e distanciamento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030”.
Outro destaque da presidência será o Debate Aberto anual sobre Crianças e Conflitos Armados, marcado para 25 de junho. Estão previstas participações da representante especial do secretário-geral da ONU para o tema, Virginia Gamba, e da diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, além de reações de Estados-Membros ao relatório anual do secretário-geral.
Temas prioritários
Durante sua gestão, a Guiana pretende direcionar os debates para áreas que considera prioritárias:
- Prevenção de conflitos e o vínculo entre segurança e desenvolvimento;
- Impactos das mudanças climáticas sobre a paz e segurança globais;
- Proteção de crianças em contextos de conflito armado;
- Promoção da agenda “Mulheres, Paz e Segurança”.
O Programa de Trabalho para o mês será adotado nesta segunda-feira (2). A embaixadora Carolyn Rodrigues-Birkett, representante permanente da Guiana na ONU, deve apresentar o plano de atividades e as prioridades da presidência em coletiva à imprensa.
Fonte: Nações Unidas
Por: M3 Comunicação