Última modificação em 28 de fevereiro de 2025 às 15:35
Gleisi assume o posto no lugar de Alexandre Padilha, que passará a chefia o Ministério da Saúde. A posse está marcada para o dia 10 de março.

O presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT-RR) confirmou, nesta sexta-feira (28), a nomeação da deputada federal Gleisi Hoffman (PT-PR) para comandar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), pasta responsável pela articulação política do governo como o Congresso Nacional.
A escolha de Gleisi ocorre após semanas de negociações e movimentações internas e faz parte de uma reorganizações política dentro do Palácio do Planalto. Presidente nacional do PT desde 2017, e com histórico de atuação próxima a Lula, a deputada paranaense terá como principal missão conduzir o diálogo com deputados, senadores, governadores e prefeitos em um momento de desafios para o governo no Congresso.
Com boa relações com o presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos) Gleisi chega ao cargo com a missão de equilibrar a interlocução política e garantir a sustentação da base aliada.
No entanto, sua nomeação frustrou partidos do Centrão, que tinham expectativas de ocupar a pasta, reforçando a percepção de que o governo deve manter a articulação concentrada em nomes próximos ao núcleo do PT.
A escolha também tem reflexos dentro do próprio governo. A avaliação de interlocutores é que a presença de Gleisi e de Rui Costa (Casa Civil) fortalece o grupo político mais alinhado diretamente a Lula, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad perde espaço e fica mais isolado nas discussões estratégicas.
Além da articulações com o Congresso, Gleisi também deve atuar na organização de base política para as eleições de 2026, aproveitando seu trânsito com dirigentes partidários e lideranças regionais.
Nos bastidores, a leitura é que a função de articulação política ganhará um perfil mais voltado para o planejamento eleitoral e para o fortalecimento de alianças nos estados. A movimentação é parte de uma reconfiguração interna de Lula, e aliados consideram necessária para ajustar o governo e preparar o caminho para os próximos anos em um ambiente político e econômico desafiador.
Por: PapoM3 Realidades