
A nova modalidade oferece financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com juros de 10% ao ano e prazo de até 35 anos. Foto: Reprodução
Famílias com renda mensal de até R$ 12 mil agora têm acesso a uma nova modalidade do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, voltada à classe média. A Caixa Econômica Federal, responsável por cerca de 70% do crédito imobiliário no país, passou a oferecer financiamentos nessa nova categoria após regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Batizada de Faixa 4, a nova modalidade permite o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com taxas nominais de juros de 10% ao ano e prazo de pagamento de até 35 anos (420 meses). O valor financiado pode chegar a até 80% do preço de imóveis novos. No caso de imóveis usados, o percentual varia: até 60% nas regiões Sul e Sudeste e até 80% nas demais regiões do país.
A ampliação do programa se tornou possível após o CMN autorizar o uso de fontes alternativas de recursos, além do tradicional Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como os lucros e rendimentos do próprio FGTS, além de recursos da poupança e investimentos em Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
Novos limites nas demais faixas
Além da nova Faixa 4, a Caixa atualizou os limites das demais categorias do Minha Casa, Minha Vida, conforme decisões recentes do Conselho Curador do FGTS e do Ministério das Cidades. Veja os novos parâmetros:
- Faixa 1: para famílias com renda de até R$ 2.850,00 mensais. Oferece subsídio de até 95% do valor do imóvel.
- Faixa 2: para renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos.
- Faixa 3: para famílias com renda entre R$ 4.700,01 e R$ 8.600. Não há subsídio, mas as condições de financiamento são facilitadas.
Nesta última faixa, o CMN também autorizou o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal, ampliando a oferta de crédito. Os imóveis podem custar até R$ 350 mil, com juros nominais de 8,16% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). Para cotistas do FGTS, a taxa é reduzida para 7,66% ao ano.
Famílias das faixas 1 e 2 também poderão contratar imóveis dentro das condições da Faixa 3, mas, ao migrarem de faixa, perdem o acesso aos subsídios governamentais.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação