
Esse resultado representa o segundo menor nível de endividamento do ano, ficando atrás apenas do registrado em janeiro. Foto: Reprodução
Última modificação em 18 de agosto de 2025 às 14:24
Após cinco meses consecutivos de aumento, o índice de famílias endividadas em Roraima apresentou queda em julho de 2025, atingindo 88,0%, conforme aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), conduzida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a análise da assessoria econômica da Fecomércio/RR, esse resultado representa o segundo menor nível de endividamento do ano, ficando atrás apenas do registrado em janeiro.
O economista Fábio Martinez destacou que “além da redução no número de famílias endividadas, a pesquisa também identificou uma queda no percentual de famílias com contas em atraso, que caiu para 30,6% em julho. Já aquelas que afirmaram não ter condições de quitar suas dívidas também diminuíram, chegando a 3,0%”.
Entre os principais tipos de dívida, observou-se uma redução na utilização de cartões de crédito e carnês de loja em comparação com o mesmo período do ano anterior. O único tipo de crédito que apresentou aumento foi o crédito pessoal, cujo uso subiu de 12,2% em julho de 2024 para 20,5% no mesmo mês de 2025.
O tempo médio de atraso no pagamento das dívidas teve um pequeno acréscimo, ficando em 50,5 dias. Já o prazo médio de comprometimento financeiro com dívidas foi de 7,4 meses, com 29,8% da renda familiar sendo destinada ao pagamento dessas obrigações.
No panorama nacional, Roraima aparece como o terceiro estado com maior proporção de famílias endividadas, com cerca de 10 pontos percentuais acima da média nacional, que ficou em 78,5%. No entanto, no que se refere ao percentual de famílias com contas em atraso, embora o estado esteja levemente acima da média do país (30,6%), ocupa a 14ª posição no ranking nacional.
“O cenário é ainda mais favorável quando analisamos o percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar nenhuma de suas dívidas. Roraima apresentou uma taxa significativamente inferior à média nacional (12,7%), posicionando-se entre os cinco estados com os menores índices nesse indicador no mês de julho. Esse desempenho positivo está diretamente relacionado ao crescimento do emprego formal no comércio, que teve aumento no primeiro semestre do ano no estado”, afirmou Ademir dos Santos, presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-IFPD/RR.
Roraima cria 2,6 mil empregos no 1º semestre, com destaque para comércio e serviços
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, obtidos por meio do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), revelam que Roraima gerou 2.611 novos postos de trabalho nos primeiros seis meses de 2025. Desse total, aproximadamente 70% foram criados nos setores de comércio e serviços, que juntos responderam por 1.844 novas vagas no período.
Em comparação ao primeiro semestre de 2024, o setor de comércio apresentou o maior crescimento, saltando de um saldo de apenas 1 vaga para 667 em 2025. Por outro lado, o segmento de serviços registrou retração: enquanto no mesmo período de 2024 haviam sido criados 3.260 empregos, em 2025 o saldo caiu para 1.177.
Com informações da Assessoria
Por: M3 Comunicação