
As principais dívidas continuam sendo as relacionadas ao uso do cartão de crédito e carnês de lojas. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Última modificação em 19 de agosto de 2025 às 09:31
Depois de cinco meses consecutivos de crescimento, o percentual de famílias endividadas em Roraima registrou queda em julho de 2025, ficando em 88%. Apesar da redução, o estado ainda ocupa a 3ª posição no ranking nacional de endividamento, com índice cerca de 10 pontos acima da média do país, que foi de 78,5%.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as principais dívidas continuam sendo as relacionadas ao uso do cartão de crédito e carnês de lojas — modalidades que, inclusive, apresentaram queda em comparação com o mesmo período de 2024.
Contas em atraso também recuam
O levantamento mostrou ainda que o percentual de famílias com contas em atraso caiu, embora Roraima ainda registre 30,6% de inadimplência — ligeiramente acima da média nacional. Nesse aspecto, o estado ocupa a 14ª posição entre as unidades da federação.
Segundo análise da Fecomércio/RR, o resultado representa o segundo menor nível de endividamento do ano, superado apenas pelo mês de janeiro.
“Além da queda no número de famílias endividadas, houve também redução naquelas que afirmaram não ter condições de quitar suas dívidas, que passou para 3,0% em julho”, destacou o economista Fábio Martinez.
O único tipo de endividamento que apresentou aumento foi o de crédito pessoal, que subiu de 12,2% em julho de 2024 para 20,5% no mesmo mês deste ano.
Para o presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-IFPD/RR, Ademir dos Santos, a melhora observada no índice está diretamente ligada à geração de empregos formais no comércio e nos serviços:
“Esse bom resultado da Peic em julho está relacionado ao aumento do número de vagas formais no primeiro semestre aqui em Roraima”, avaliou.
Crescimento do emprego formal
Nos primeiros seis meses de 2025, Roraima registrou a criação de 2.611 novos postos de trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados pelo Novo Caged. Desse total, cerca de 70% das vagas foram abertas nos setores de comércio e serviços, que responderam por 1.844 novos empregos.
Fonte: Fecomércio RR
Por: M3 Comunicação Integrada