
José Francisco, o "Ferrinho", passou 29 dias internado após um traumatismo craniano. Foto: Arquivo Pessoal
Após passar 29 dias internado e em coma induzido no Hospital Geral de Roraima (HGR), o engenheiro de produção José Francisco Gomes, de 49 anos, conhecido como “Ferrinho” veio a óbito. Ele e mais três pessoas foram atropeladas enquanto praticavam corrida na região do Bom Intento, em Boa Vista.
A motorista responsável pela morte estava em visível estado de embriaguez, ainda assim, pagou fiança e segue em liberdade.
Pouco após o acidente, a propagandista médica que estava no volante, Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, ainda afirmou que o caso “não daria em nada” e que “aguardaria o pagamento da fiança para ser liberada”.
Na delegacia, Jully foi autuada em flagrante por lesão corporal culposa de trânsito e lesão corporal qualificada pela embriaguez ao volante. Ela foi presa, mas foi solta pela Justiça na audiência de custódia, sem pagar fiança, no dia seguinte. Agora, com a morte do atleta, Jully deve passar a responder por homicídio doloso, cuja pena pode chegar até 20 anos de prisão.
Ferrinho fazia parte da equipe de corrida “Runners Team” e era apaixonado por corrida. Pelas redes sociais o grupo de corrida lamentou a morte do atleta que estava no grupo de corrida há mais de um ano.
Ainda de acordo com o comunicado do grupo de corrida, José Francisco deixa esposa, filhos e milhares de amigos que sentem a dor da partida. “Ferrinho era conhecido por sua irreverência e alegria por onde passava, por seu bom humor, simplicidade e presteza. Em pouco mais de um ano e meio de equipe, nunca mediu esforços para ajudar em prol do coletivo”, afirma a nota.
O aviso recebeu inúmeros comentários de revolta, principalmente pela decisão da justiça de permitir que a responsável pelo acidente respondesse ao crime em liberdade.
Por: M3 Comunicação