
Segunda edição adotará o uso de código de barras no cartão-resposta para a identificação automática dos candidatos. Foto: Agência Gov
Última modificação em 1 de abril de 2025 às 16:19
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou que a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) adotará o uso de código de barras no cartão-resposta para a identificação automática dos candidatos. Essa mudança substitui a necessidade de preencher as bolinhas com caneta preta, como foi feito na primeira edição do certame.
A alteração no sistema de identificação foi motivada por relatos de candidatos que não marcaram corretamente o tipo de gabarito ou deixaram de transcrever a frase que estava no cartão-resposta durante a prova de agosto de 2024.
Em comunicado, a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, esclareceu que o uso do código de barras permitirá vincular automaticamente cada prova ao candidato, sem risco de confusão.
“Não é o nome ou número de inscrição, mas a máquina consegue ler e garantir que aquela prova pertence àquela pessoa. Queremos que os candidatos se preocupem apenas com o conteúdo da prova, não com formalidades burocráticas”, detalhou a ministra.
Inovações Tecnológicas
Com a implementação dessa nova tecnologia, cada caderno de questões terá um código único que identificará o candidato sem revelar seus dados pessoais aos responsáveis pela correção das provas. Essa medida visa garantir a imparcialidade e a justiça no processo seletivo por meio do anonimato dos participantes.
O MGI acredita que a alteração será útil também em salas com diferentes versões da mesma prova, geradas por meio do embaralhamento das questões.
Além disso, o MGI espera que o novo sistema agilize a correção e a divulgação dos resultados. No primeiro concurso unificado, os resultados finais foram divulgados em 28 de fevereiro, 194 dias após a realização das provas objetivas e discursivas.
A previsão inicial era que os resultados fossem divulgados em 25 de novembro, mas a divulgação foi adiada após um acordo judicial com o Ministério Público Federal (MPF), que permitiu o retorno de 32.260 candidatos ao processo seletivo.

Edital unificado
Outro ajuste para o CPNU 2, baseado nas lições aprendidas com a primeira edição, será a criação de um edital único para todos os blocos temáticos, substituindo os oito documentos separados da versão anterior.
Na primeira edição, os oito blocos foram divididos de acordo com as áreas das vagas autorizadas para os 21 órgãos públicos federais participantes, sendo que sete editais eram para cargos de nível superior e apenas o oitavo focava nas vagas de nível médio.
Provas em 2025
O MGI prevê que o termo de referência para a escolha da banca examinadora do CPNU 2 será publicado ainda em abril, com a aplicação das provas agendadas para o segundo semestre de 2025.
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra Esther Dweck revelou a intenção de realizar as provas em agosto, devido à menor incidência de chuvas no Brasil nesse mês, evitando os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que ocorreram em abril e maio de 2024.
A ministra também confirmou que não haverá uma edição do concurso em 2026. “Por ser ano de eleição, é muito mais difícil realizar o concurso. Temos que homologar todos os resultados antes do início do período eleitoral”, argumentou.
Novas Carreiras
A maior edição de concurso público já realizada no Brasil ofereceu 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais, com mais de 2,11 milhões de inscritos confirmados. A lista de participantes do CNU 2025 ainda está sendo analisada pelo MGI.
Para a segunda edição, o ministério confirmou que duas novas carreiras transversais serão incluídas: Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico, ambas exigindo nível superior. As carreiras transversais têm atribuições que podem ser exercidas em diferentes órgãos e entidades da administração pública federal.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação