
Os 133 cardeais já estão reunidos na Capela Sistina, em Roma. Foto: Reprodução
Última modificação em 7 de maio de 2025 às 08:42
O conclave que escolherá o próximo líder da Igreja Católica tem início nesta quarta-feira (7), com 133 cardeais reunidos na Capela Sistina, em Roma. A eleição será realizada sob estrito sigilo, respeitando tradições que remontam ao século XIII.
Os cardeais ficarão isolados e não poderão se comunicar com o mundo externo até que uma fumaça branca seja vista saindo do telhado da capela — sinal de que um novo papa foi escolhido.
A palavra “conclave” vem do latim cum clavis (“fechado com chave”), em referência ao confinamento dos cardeais durante o processo. A intenção é evitar interferências externas e garantir liberdade na escolha do pontífice.
“Eles são proibidos de falar com qualquer pessoa fora do processo”, e também não têm acesso à mídia ou mensagens.
O processo começa com uma missa na Basílica de São Pedro, seguida da entrada solene na Capela Sistina. Às 11h30 (horário de Brasília), os cardeais prestam juramentos e iniciam a primeira votação. A expectativa é que a primeira fumaça — preta ou branca — saia por volta das 14h.
As votações seguem nos dias seguintes com horários previstos para 5h30, 7h, 12h30 e 14h, também no horário de Brasília. Se um cardeal alcançar dois terços dos votos, ele é eleito papa.
“Se o fizerem, podem ser excomungados”, explicou o jornalista Jonathan Mann sobre possíveis quebras de sigilo.
Cardeais votam sob sigilo e segurança reforçada no Vaticano
Cada cardeal escreve o nome de seu escolhido em uma cédula com a frase em latim “Eligo in Summum Pontificem” (“Eu elejo como pontífice supremo”), e deposita o voto num cálice, em ordem de senioridade.
A Capela Sistina foi preparada com medidas de segurança como bloqueadores de sinal, filme nas janelas e inspeções contra câmeras escondidas. O Vaticano anunciou o corte de sinais de celular a partir das 10h de Brasília.
Entre os nomes mais cotados para suceder o Papa Francisco estão o italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle. No entanto, especialistas afirmam que ainda não há consenso entre os cardeais.
A ordem de votação começa com os cardeais bispos, depois os presbíteros e, por fim, os diáconos, sempre seguindo a antiguidade no cargo. Entre os brasileiros, o cardeal Odilo Scherer votará em 14º lugar; Jaime Spengler será o 105º.
As cédulas são queimadas após cada rodada de votação. Se não houver definição, um produto químico escurece a fumaça. Quando um novo papa for eleito, a fumaça será branca. Cerca de 30 a 60 minutos após isso, o “Habemus Papam” será anunciado da varanda central da Basílica de São Pedro pelo cardeal protodiácono — atualmente Dominique Mamberti.
A expectativa é de que, como nos últimos conclaves, a escolha do novo pontífice não leve mais do que quatro dias. Após a eleição, o novo papa discursará brevemente e, dias depois, será formalmente empossado.
Fonte: CNN Brasil
Por: M3 Comunicação