
Uma das vítimas teve prejuízo de R$ 198 mil reais. Fonte: Divulgação PC-RR
Última modificação em 30 de abril de 2025 às 11:38
Segundo a Polícia Civil, o suspeito, um homem de 30 anos, já possuía 46 boletins de ocorrência registrados e, no 2º Distrito Policial, três inquéritos foram concluídos com seu indiciamento.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta terça-feira, 29, contra o corretor de imóveis A. C. M., de 30 anos. De acordo com o delegado Ricardo Daniel, responsável pela investigação, o acusado usava sua credencial de corretor de imóveis para se aproximar de proprietários e obter permissão para divulgar imóveis à venda. No entanto, após ganhar a confiança dos donos, ele agia de forma ardilosa.
“Ele retirava a placa de venda do imóvel e passava a negociar diretamente com terceiros, sem o conhecimento do verdadeiro proprietário. As vítimas, acreditando na lisura da transação, pagavam adiantado e, posteriormente, descobriam que haviam sido enganadas”, relatou o delegado.
Ao todo, constam 46 boletins de ocorrência contra A. C. M. registrados em diferentes delegacias da capital. No 2º DP, três inquéritos policiais foram instaurados, todos concluídos com o indiciamento do investigado.
Em um dos casos, ele negociou um terreno no valor de R$ 150 mil e, ao ser confrontado, repassou outro imóvel para as vítimas. “Imóvel esse que não lhe pertencia e cuja venda sequer era autorizada pelo real proprietário”, disse o delegado.
Em outro inquérito, o corretor causou um prejuízo de R$ 198 mil a uma vítima, vendendo uma casa sem a autorização do dono. Já no terceiro caso apurado pela equipe do 2º DP, a vítima foi lesada em R$ 1 mil, valor pago como entrada na compra de um terreno.
“Esse indivíduo possuía um modo de operação bem característico. Ele se valia da aparência de legalidade, se apresentava como corretor com registro ativo no Creci, e isso passava confiança às vítimas. Representamos pela suspensão do registro profissional dele, o que foi deferido pela Justiça. Hoje, ele está impedido de exercer a atividade de corretagem de imóveis”, informou o delegado Ricardo Daniel.
O delegado representou pela prisão preventiva do acusado, que foi deferida pela Justiça. Os policiais o localizaram e o prenderam no bairro São Bento.
“Ele foi preso em um lava jato de sua propriedade. Interessante que, nesse lava jato, há um brasão similar ao da Polícia Civil”, observou o delegado.
Após o cumprimento do mandado, o acusado foi encaminhado para Audiência de Custódia.
Fonte: PC-RR
Por: M3 Comunicação