
Segundo a ANA, o alívio no Norte foi impulsionado por chuvas acima da média. Foto: Reprodução
Última modificação em 29 de abril de 2025 às 14:34
O mais recente levantamento do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) indica que, entre fevereiro e março, o fenômeno se abrandou nas regiões Norte e Centro-Oeste, enquanto se intensificou no Nordeste, Sudeste e Sul do país.
Segundo a ANA, o alívio no Norte foi impulsionado por chuvas acima da média. “O destaque ficou por conta da estiagem no centro do Amazonas e da seca fraca no Acre e Rondônia, que ficaram parcialmente livres do fenômeno”, aponta o relatório. Ainda de acordo com o monitor, Amapá e Pará ficaram completamente livres da seca no período analisado.
No Centro-Oeste, o cenário foi misto. O monitor registrou avanço da seca moderada em Goiás e no leste de Mato Grosso, reflexo das “anomalias negativas de precipitação”. Por outro lado, houve recuo da seca fraca no oeste mato-grossense e noroeste de Goiás.
Já no Nordeste, os indicadores apontaram piora. A área com seca moderada se expandiu na Bahia e em Pernambuco. O quadro também se agravou, passando de seca moderada para grave, no sudeste do Piauí, sul de Pernambuco, oeste de Alagoas e Sergipe, além do sudoeste e nordeste da Bahia. Em contrapartida, “as chuvas acima da média levaram a um recuo da estiagem fraca no centro do Ceará e norte do Maranhão”.
No Sudeste, a redução das chuvas provocou avanço da seca moderada em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Situação semelhante foi observada no Sul, onde a seca moderada se espalhou pelo Rio Grande do Sul, e a seca fraca se ampliou no leste e norte de Santa Catarina, além do Leste e centro-sul do Paraná.
Ainda na Região Sul, a ANA identificou agravamento do fenômeno. A seca passou de fraca para grave no nordeste gaúcho e na Região Serrana de Santa Catarina, e de fraca para moderada no oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná.
“Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sudeste teve a condição mais branda do fenômeno em março, enquanto o Sul teve a situação mais severa, com 22% da sua área com estiagem grave. Entre fevereiro e março, no Centro-Oeste e no Norte o fenômeno se abrandou, enquanto no Nordeste, Sudeste e Sul a seca se intensificou nesse período”, informou a ANA.
Panorama por estado
No bimestre analisado, os estados da Bahia, Paraná e Santa Catarina registraram aumento da área sob estiagem. Em contrapartida, Acre, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins tiveram redução nas áreas afetadas.
A situação permaneceu estável em 11 estados e no Distrito Federal: Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
O Amapá seguiu livre da seca entre fevereiro e março. Já o Pará deixou de registrar o fenômeno em março.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação