Última modificação em 4 de fevereiro de 2025 às 09:15

A China impôs novas tarifas sobre importações dos Estados Unidos nesta terça-feira (4), em resposta à taxação adicional de 10% aplicada pelo governo norte-americano sobre produtos chineses. Essa escalada renova a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O Ministério das Finanças da China anunciou tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, além de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.
Pequim também iniciou uma investigação antimonopólio sobre o Google e incluiu empresas como a holding da Calvin Klein (PVH Corp) em uma lista de possíveis sanções.
A China aplicará um imposto de 10% sobre caminhões elétricos dos EUA, o que pode afetar a Tesla e seu modelo Cybertruck. Além disso, Pequim impôs restrições à exportação de metais estratégicos, como tungstênio e molibdênio, o que pode pressionar os preços no mercado global.
As tarifas chinesas entram em vigor em 10 de fevereiro, deixando uma janela para negociações. Enquanto isso, as importações de petróleo bruto dos EUA para a China caíram 52% em 2024, enquanto as de GNL dobraram em relação a 2018.
Paralelamente, Trump suspendeu tarifas sobre o México e o Canadá após negociações sobre controle de fronteiras e combate ao crime. O Canadá concordou em reforçar a fiscalização e o México mobilizará 10 mil membros da Guarda Nacional para conter a migração ilegal e o tráfico de drogas.
Trump ameaçou ampliar as tarifas contra a China caso Pequim não interrompa o fluxo de fentanil para os EUA, enquanto a China afirma que o problema é norte-americano e considera contestar as medidas na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A guerra comercial segue em seus estágios iniciais, com alta probabilidade de novas sanções e impactos na economia global.
Fonte: Folha de São Paulo
Por: Papo M3 Realidades
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