Impactos do uso de celular no ambiente escolar
Última modificação em 24 de janeiro de 2025 às 11:00
O uso excessivo de celulares compromete tanto o aprendizado quanto a saúde mental de crianças e adolescentes, colocando em risco o papel da escola como um espaço de desenvolvimento crítico. Dados recentes reforçam essa preocupação: segundo o Pisa 2022, estudantes que passam entre cinco e sete horas diárias conectados na escola obtêm pontuações mais baixas em comparação com aqueles que limitam o uso a uma hora.
Além disso, o design manipulativo das redes sociais intensifica a distração, a queda no desempenho acadêmico e o aumento da ansiedade. Esses impactos tornam urgente a adoção de medidas para reorganizar a relação das crianças e adolescentes com os celulares, promovendo um ambiente escolar mais saudável e propício ao aprendizado.
Nesse contexto, o Instituto Alana defende a restrição total do uso de celulares nas escolas, desde a Educação Infantil até o 7º ano do Ensino Fundamental. Nos anos seguintes, 8º e 9º ano, o uso do celular seria gradualmente permitido para atividades pedagógicas guiadas e para dar suporte a tecnologias assistivas, garantindo acessibilidade. Já no Ensino Médio (15 a 18 anos), o uso seria restrito a fins pedagógicos em sala de aula, com limitações parciais nos intervalos, definidas em conjunto com a comunidade escolar.
No entanto, o debate vai além das escolas. As plataformas digitais e as empresas que as desenvolvem também precisam assumir a responsabilidade pelos problemas criados por seus modelos de negócios e decisões de design. O uso intenso de redes sociais, ao invés de promover habilidades críticas, expõe crianças e adolescentes a riscos como exploração comercial, coleta indevida de dados e publicidade infantil.
A solução para este problema exige um esforço coletivo. Ao apoiar professores e facilitar a mediação das famílias, podemos promover uma jornada de emancipação digital. Assim, formamos crianças e adolescentes capazes de exercer autocontrole e utilizar a Internet de maneira crítica e responsável, equilibrando tecnologia e aprendizado.
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