
Inscrições gratuitas estão disponíveis no site da Assembleia Legislativa de Roraima. Foto: Marley Lima / ALE-RR
O Centro de Acolhimento ao Autista (TEAMARR) do poder legislativo, promove nos dias 28 e 29 de junho a capacitação “Artes Marciais e Psicomotricidade: Desenvolvimento e Inclusão para Pessoas com TEA”.
O evento será realizado no Plenário Noêmia Bastos Amazonas, das 8h às 18h (dia 28) e das 8h às 11h (dia 29), com condução do professor Felipe Nilo.
As inscrições são gratuitas e estão abertas no site da Assembleia Legislativa de Roraima (www.al.rr.leg.br). O público-alvo inclui profissionais de educação física, educadores escolares, instrutores de academias, familiares de pessoas com TEA e a comunidade em geral interessada em práticas inclusivas por meio do esporte.
Segundo a presidente do Programa, deputada Angela Águida Portella (Progressistas), a capacitação tem o objetivo de ampliar o acesso de pessoas autistas às práticas esportivas.
“O Felipe Nilo traz adaptações específicas das artes marciais para crianças e adolescentes com autismo, além de apresentar outras possibilidades. Quanto mais conhecermos o autismo, melhor será o acolhimento e a inclusão, feita de forma verdadeira”, afirmou a parlamentar.
Esta será a segunda visita do professor a Roraima a convite do TEAMARR. A primeira ocorreu em novembro de 2023, com um workshop dividido em dois momentos.
“Foi uma experiência enriquecedora. Felipe alia teoria à prática, promove oficinas, responde dúvidas e já vimos frutos concretos da sua primeira visita”, destacou a deputada.
Felipe Nilo é professor, ex-atleta e pioneiro na inclusão de pessoas com TEA nas artes marciais no Brasil e no exterior. É idealizador do Instituto Nacional de Artes Marciais Inclusivas (INAMI) e do Espaço Felipe Nilo, ambos voltados à inclusão por meio do esporte.
Para o especialista, um dos principais desafios na inclusão está na formação dos próprios profissionais:
“Muitos professores não estão preparados para lidar com esse público. Às vezes, o foco é apenas competitivo, mas com pessoas autistas é preciso ir além: olhar para o indivíduo”, explicou.
Ele ressalta que a proposta da capacitação é justamente quebrar barreiras e paradigmas:
“Precisamos tirar a faixa preta, amarrar a branca na cintura e reaprender a ensinar. Só assim a inclusão acontece, de fato, no tatame.”
Programação:
Dia 28/06
8h – Abertura
9h20 – A origem das artes marciais até complemento terapêutico
10h20 – As primeiras descrições do autismo até os dias de hoje
11h20 – Desenhando o perfil do profissional que deseja atuar com pessoas autistas
12h – almoço
13h30 – Artes marciais como complemento terapêutico para pessoas com autismo
14h30 – Preparando o grupo para receber o aluno como autismo
15h – Transição do atendimento individual para o grupo
15h30 – pausa
16h – Adaptação de aulas não precisa ser difícil
16h30 – Preparação e execução de aula
17h – Como cada nível de suporte pode se manifestar no tatame
17h30 – Efeitos colaterais das punições
18h – Encerramento
Dia 29/06
8h – Abertura
8h30 – Diminuição de comportamentos agressivos através das práticas das artes marciais
9h – Defesa no ambiente escolar
10h – Práticas e simulações dos conteúdos abordados
11h – Encerramento
Fonte: ALE-RR
Por: M3 Comunicação