
Empreender vai muito além de vender um produto, é sobre resistir, criar oportunidades e, muitas vezes, recomeçar. Para Camila Coelho, fundadora da Bandana Açucarada, sua trajetória no mundo dos doces foi marcada por desafios e superações.
Hoje, sua empresa já completou 10 anos e é referência em doces artesanais, mas o caminho até aqui não foi fácil. Entre recomeços e momentos de incerteza, Camila encontrou no açúcar e no chocolate não só uma forma de sustento, mas também de resiliência.
O começo de tudo
A relação de Camila com os doces vem de família. Criada em meio às receitas da avó e da mãe, que produziam brigadeiros para festas, ela nunca imaginou que um dia transformaria esse conhecimento em um negócio próprio.
“Minha avó trabalhava com isso, minha mãe sempre fazia os doces das nossas festinhas. E no primeiro aniversário das minhas filhas, eu decidi que seria eu a fazer”, relembra.
Na época, Camila e o marido passavam por dificuldades financeiras. Ela era servidora pública, e ele trabalhava em uma revendedora de carros. Quando os convidados da festa elogiaram os doces e perguntaram quem tinha feito, surgiu a ideia: por que não vender para ajudar nas contas?
“Eu sabia fazer os doces, e ele era vendedor. Então, decidimos tentar. A ideia inicial era só pagar algumas contas, mas começou a crescer. Ele vendia cada vez mais, e, em pouco tempo, ele largou o emprego para se dedicar totalmente ao negócio.”
Mas o que parecia o início de um futuro promissor virou um grande desafio. Com apenas oito meses de empresa, Camila perdeu o marido e se viu sozinha, com duas filhas pequenas para criar.

O recomeço: continuar ou desistir?
“Foi um baque enorme. Eu me vi sem saber o que fazer. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que precisava continuar, até porque eu não tinha certeza do meu futuro como servidora pública.”
A empresa ainda estava nos primeiros passos, e, naquele momento, Camila precisou escolher: desistir ou seguir adiante. Optou por continuar, e foi essa decisão que moldou sua trajetória nos anos seguintes.
A marca Bandana Açucarada carrega uma homenagem ao marido. O nome surgiu porque ele sempre usava uma bandana para vender os doces, e os clientes acabaram associando a ele. No começo, Camila relutou em manter esse nome, mas, com o tempo, percebeu que ele já fazia parte da identidade do negócio.
Mesmo enfrentando momentos difíceis, ela seguiu firme.
“Muitas vezes, pensei em desistir. Eu tive depressão, enfrentei problemas de saúde, e parecia que não ia dar conta. Mas sempre que eu pensava em parar, chegava uma mensagem de um cliente elogiando os doces, dizendo que estavam incríveis. E isso me dava forças para continuar.”
Uma empresa feita por mulheres
Hoje, Camila administra a Bandana Açucarada e conta com uma equipe composta inteiramente por mulheres. Além de gerir o negócio, ela também cuida das entregas, algo que faz questão de manter com um toque pessoal.
“Eu não posso simplesmente entregar os doces por um motoboy. Muitas vezes, eu preciso levar até a casa do cliente, entrar no salão de festas e garantir que tudo esteja perfeito. É um cuidado que faz diferença.”
Agora, o próximo passo é expandir. O grande sonho de Camila é abrir um ponto físico, onde os clientes possam comprar brigadeiros a qualquer momento. “Muita gente me pede isso. Às vezes, só queremos um brigadeiro sem precisar encomendar uma caixa inteira. Quero criar esse espaço para quem sente essa vontade repentina de um doce artesanal.”

Muito além dos doces: um impacto na vida das pessoas
A Bandana Açucarada não é apenas um negócio de doces, para Camila é uma forma de realizar pequenos sonhos. “Tem clientes que pedem formatos diferentes, cores específicas. Eu já fiz brigadeiros em forma de unicórnio, de flor… E ver a alegria deles quando recebem é gratificante.”
Ao longo dos anos, ela conquistou clientes fiéis, que a acompanham desde o início. “Tenho pessoas que encomendam desde os primeiros aniversários dos filhos. Já fiz casamentos, chás de bebê, festas de um ano, depois do segundo filho. E isso me mostra que o meu trabalho realmente faz parte da história das pessoas.”
A mensagem para outras mulheres
Com uma trajetória marcada por desafios e vitórias, Camila entende bem as dificuldades de empreender, principalmente sendo mulher e mãe solo. Sua mensagem para outras mulheres que também enfrentam dificuldades é simples, mas poderosa:
“O medo existe, mas não pode nos parar. Podemos ser fortes, mas também precisamos saber descansar. Não é errado se sentir cansada ou com medo, isso não tira nossa força. A gente descansa hoje para estar forte amanhã.”
Para ela, o segredo é dar o melhor de si, um passo de cada vez. “Empreender não é fácil, mas tudo o que fazemos com amor e dedicação tem retorno. Eu digo para cada mulher que está nessa jornada: você pode, você consegue. Acredite e siga em frente.”
Por: Papo M3 Realidades
Uau, que história inspiradora. Deus abençoe seu projeto.
Nossaaaaa,que história 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼parabéns pelo sucesso você é merecedora !
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