
Levantamento aponta casas e comércios como principais focos do Aedes aegypti em Boa Vista. Foto: Divulgação
Última modificação em 8 de agosto de 2025 às 16:03
Com a transição do inverno tropical, os dias começam a alternar entre períodos quentes e ensolarados e chuvas intensas em Boa Vista. Esse cenário favorece a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. De acordo com o 3º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, a maioria dos focos está concentrada em residências e estabelecimentos comerciais.
Das 799 amostras positivas para larvas do Aedes aegypti, 93,7% foram encontradas em imóveis edificados, enquanto apenas 6,3% estavam em terrenos baldios. Os criadouros mais comuns incluem recipientes plásticos, vasos de plantas, pingadeiras de aparelhos de ar-condicionado, bebedouros, pneus e depósitos fixos como tanques, calhas, hortas, piscinas sem tratamento e cacos de vidro em muros. A tigela de água dos animais de estimação também aparece como um local recorrente.
Além disso, outros 455 imóveis apresentaram focos do Aedes albopictus, conhecido como mosquito-tigre-asiático, que também é vetor das mesmas doenças. O levantamento classifica a situação atual como de alto risco para transmissão.
A orientação principal é manter todos os ambientes limpos, evitando qualquer acúmulo de água parada. Cuidados simples como lavar com esponja, sabão e água potes e tigelas de animais, manter calhas limpas e eliminar recipientes desnecessários podem fazer a diferença.
Alguns bairros registraram maior índice de infestação, entre eles: Dr. Silvio Leite, Alvorada, Jardim Caranã, União, Piscicultura e Santa Tereza. Nessas localidades, as ações de controle e prevenção serão intensificadas nos próximos dias, com visitas domiciliares de agentes de combate às endemias e agentes comunitários de saúde.
Uma nova estratégia de atuação está sendo adotada, baseada no zoneamento urbano, para tornar as visitas dos agentes mais eficientes. A colaboração da população é fundamental: receber os agentes e permitir o acesso às residências ajuda a identificar e eliminar possíveis focos do mosquito.
Como evitar a proliferação do mosquito
O Aedes aegypti deposita seus ovos em superfícies secas de recipientes. Com o contato com a água, os ovos eclodem e, em cerca de sete dias, o mosquito atinge a fase adulta. Por isso, eliminar recipientes com água parada é essencial para interromper o ciclo de vida do vetor e prevenir surtos de doenças.
Por isso, para proteger sua casa e sua família, siga os seguintes passos:
- Verifique os quintais pelo menos uma vez na semana para eliminar possíveis criadouros;
- Faça o armazenamento e destinação correta do lixo doméstico diariamente;
- Mantenham fechados todos os recipientes que servem como depósito de água;
- Troque diariamente – e regularmente – a água dos animais, lavando e higienizando os recipientes;
- Esvazie diariamente os recipientes que possam servir como pingadeiras das centrais de ar.
Com informações da Assessoria
Por: M3 Comunicação