
Aumento na energia elétrica foi um dos principais fatores que impulsionaram a inflação. (Foto: Reprodução/Gov)
Última modificação em 13 de março de 2025 às 11:16
O IPCA, índice oficial de inflação, subiu 1,31% depois de uma curta trégua em janeiro. O aumento foi impulsionado pelo aumento da energia elétrica em fevereiro. Trata-se da maior alta para fevereiro desde 2003, quando o indicador avançara 1,57%. O resultado veio em linha com as projeções e confirma um cenário de índice de preços acima do teto da meta, de 4,5% ao ano.
📲 Siga nosso canal no Whatsapp e fique por dentro de todas as notícias
Na avaliação dos economistas, o Banco Central (BC) segue pressionado e deve cumprir a indicação de elevar os juros para 14,25% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para a próxima semana.
O índice acumulado em 12 meses atingiu 5,06%, o maior patamar desde setembro de 2023, quando havia registrado 5,19%.
Os vilões do imposto
Em janeiro, a energia elétrica caiu 14,21%, ajudando a limitar o avanço do IPCA a apenas 0,16%, graças ao bônus da usina de Itaipu, que gerou um desconto nas tarifas para todos os consumidores. No entanto, com o fim desse benefício, em fevereiro, a energia elétrica deu um salto de 16,8%.
Segundo Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IBGE, se o cálculo do IPCA excluísse o impacto da energia elétrica, a inflação de fevereiro ficaria em 0,78%. Isso destaca o peso significativo desse item no resultado do mês.
O segundo item individual que mais teve influência no IPCA do mês foi o da gasolina, que viu seu preço subir 2,78%, como reflexo do aumento do ICMS.
Alimentos têm queda de preço
Pelo lado bom, os alimentos, que foram os grandes vilões da inflação em 2023, começaram a perder força. O grupo Alimentação e Bebidas subiu 0,7% em fevereiro, após um aumento de 0,96% em janeiro.
Andréa Angelo, da Warren, que está entre as projeções mais otimistas com uma previsão de alta de 0,5% do IPCA em março, acredita que os alimentos ajudarão a inflação a desacelerar nos próximos meses.
A expectativa é que o pico, que chegou a mais de 8% em 12 meses, comece a cair gradualmente, fechando em torno de 6,5% a 7% no próximo ano. “Vai incomodar menos. E, principalmente, itens que pesam no orçamento familiar, como arroz, leite e carnes, devem apresentar variações menores”, afirma.
Fonte: O Globo
Por: M3 Comunicação