
Desde a última semana, indígenas de 11 dos 15 municípios da jurisdição do Dsei Leste ocupam o distrito. Foto: Ascom/ CIR
A escolhida foi a enfermeira Lindinalva Lopes Marques, de 50 anos, ela é ex-diretora do Hospital Délio Tupinambá, de Pacaraima (RR) e agora assume a missão de coordenar o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei Leste).
O Dsei Leste é responsável pela saúde dos povos indígenas de Roraima, exceto dos Yanomami, que são atendidos por um distrito específico.
A publicação está disponível no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 4, assinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Há meses o Dsei estava sem coordenação, fato que gerou revoltas e manifestações de indígenas, que cobravam a nomeação de um coordenador para o Distrito.
Desde a última semana, indígenas de 11 dos 15 municípios da jurisdição do Dsei Leste ocupam o distrito para cobrar, portanto, a nova direção desde a exoneração de Zelandes Alberto Patamona.
Além da ocupação do local por indígenas, a falta de coordenação também virou alvo de críticas por parlamentares durante a visita da Comissão de Direitos Humanos do Senado a Roraima. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) criticou, durante uma reunião da Comissão, a morosidade do governo federal em definir um coordenador para o Dsei.
Conheça a nova coordenadora do Dsei
Lindinalva Lopes Marques nasceu em Marabá (PA), em outubro de 1974. Mãe de dois filhos, ela é formada em Enfermagem pela Fares e também tem formação em Medicina na Venezuela.
Lindinalva é servidora da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) há 21 anos (desde 2004 como auxiliar de enfermagem e desde 2013 como enfermeira). Foi diretora do Hospital Délio Tupinambá, de Pacaraima (RR).
No ano de 2024, a enfermeira participou da primeira eleição como candidata ao cargo de vereadora para Pacaraima, mas não se elegeu: terminou como terceira suplente do PDT com 61 votos.
Ela foi cedida pela Sesau para ocupar o cargo de coordenadora e possui apoio de indígenas macuxi, taurepang, wapichana, patamona, ingaricó, xirixana e yanomami, ligados a cinco associações com posições historicamente antagônicas ao do CIR.
Por: M3 Comunicação