
A decisão, tomada pelos 17 deputados do partido, veio quatro dias após a saída do ex-ministro Carlos Lupi. Foto: Reprodução
Última modificação em 6 de maio de 2025 às 16:25
A bancada do PDT na Câmara anunciou, nesta terça-feira (6), que deixará a base do governo Lula. A decisão, tomada por seus 17 deputados federais, ocorre quatro dias após a saída do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, em meio ao escândalo de fraude envolvendo descontos indevidos em aposentadorias do INSS.
O líder do partido na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), afirmou que o PDT não migrará para a oposição, mas adotará uma postura de “independência” em relação ao governo. Ele ressaltou que a decisão não se trata de uma “retaliação” à saída de Lupi, mas que o episódio da fraude no INSS foi o fator determinante para o rompimento.
“Esse problema de relacionamento com o governo já vem há muito tempo. A questão do INSS, que é uma questão muito importante para nós e para todos os brasileiros, foi, na verdade, mais um episódio. Foi o pingo d’água que faltava. Não é retaliação”, declarou Heringer.
Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência e presidente do PDT, esteve presente na reunião realizada em Brasília. Heringer também apontou a falta de apoio e reconhecimento por parte do Palácio do Planalto como uma das razões para o afastamento.
“Apoiar o governo Lula não é problema nenhum para a gente, até porque é o governo que está aí. E tem feito um trabalho que eu reputo de um trabalho bom para o Brasil. Mas o governo Lula não está dando, e não estava dando desde antes, a reciprocidade e o respeito que o PDT julga merecer”, completou o deputado.
Após a saída de Lupi, quem assumiu o comando do Ministério da Previdência foi o ex-deputado federal Wolney Queiroz, também do PDT, que ocupava o cargo de secretário executivo da pasta.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação