
Nas inspeções presenciais atuam 77 fiscais dos níveis federal, estadual e municipal. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Última modificação em 3 de julho de 2025 às 11:14
A Anvisa, em parceria com Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais, realiza nesta semana a fase II da operação “Estética com Segurança. Estão sendo inspecionadas clínicas de estética, além de farmácias de manipulação e distribuidoras de produtos médicos e cosméticos no Distrito Federal e em quatro estados: São Paulo, Amazonas, Piauí e Ceará.
Nas inspeções presenciais atuam 77 fiscais dos níveis federal, estadual e municipal.
O objetivo da operação é continuar verificando as condições sanitárias e a regularidade de estabelecimentos e produtos, corrigindo falhas e reduzindo riscos à saúde dos pacientes. Os estabelecimentos alvo desta etapa foram selecionados em razão de denúncias recebidas pelos usuários e em decorrência de suspeitas levantadas a partir de provas materiais apreendidas durante a primeira fase da operação, em fevereiro deste ano.
Entre os problemas identificados, de forma geral, destacam-se: produtos sem registro ou vencidos, produtos injetáveis comercializados irregularmente como cosméticos, medicamentos manipulados por farmácias em grande escala ou em nome de funcionários das clínicas para simular pacientes, além de equipamentos descalibrados e materiais de uso único sendo reutilizados, o que implica riscos de infecção e transmissão de doenças.
Somente no primeiro dia da operação, foram vistoriados 19 serviços de estética e embelezamento, uma farmácia de manipulação e cinco distribuidoras de produtos médicos e cosméticos.
Em todos os estabelecimentos foram encontradas irregularidades, em razão das quais serão abertos processos de apuração que, após sua conclusão, podem levar à aplicação de outras penalidades, como multas. Como o processo legal prevê o direito de defesa das empresas autuadas, neste momento inicial não é possível revelar o nome dos estabelecimentos.
Manaus (Amazonas)
As inspeções do primeiro dia de operação ocorreram em seis serviços de estética e embelezamento. Quatro foram autuados por irregularidades encontradas, tais como: produtos com prazo de validade expirado; fios de sustentação (fios de PDO) sem registro no Brasil; reutilização de produtos estéreis de uso único; e uso de medicamentos sem identificação de data de abertura ou validade. Dois equipamentos sem registro no Brasil foram interditados: uma bomba de infusão e um lipoaspirador.
Os fiscais verificaram também, em muitos estabelecimentos, a ausência de protocolos de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos e precariedade no registro dos atendimentos feitos aos pacientes. Foi constatado, ainda, o descarte inadequado de resíduos infectantes e a inexistência, por parte de alguns serviços, de licença para realizar procedimentos invasivos, como a aplicação de produtos subcutâneos.
Fique atento ao escolher o serviço!
Desconfie de promessas milagrosas ou que garantam resultados, bem como de preços praticados muito abaixo do preço médio de mercado.
Vale lembrar que é essencial consultar, junto à Vigilância Sanitária da sua cidade, se o estabelecimento possui alvará/licença sanitária válida, bem como conferir, nos conselhos profissionais, as credenciais de quem irá realizar o seu procedimento.
Outra dica é sempre perguntar quais produtos estão sendo aplicados e observar as suas embalagens. Com os dados em mãos, o paciente pode conferir a regularidade dos produtos em https://consultas.anvisa.gov.br/#/
É preciso também que o consumidor não confie inadvertidamente em conteúdos veiculados por meio do aconselhamento em redes sociais (influenciadores): um procedimento indicado para um paciente não é aplicável a toda e qualquer pessoa.
Além disso, o influenciador, contratado para a captação de novos clientes, não conhece as particularidades de saúde de cada pessoa e pode não ter conhecimento dos riscos envolvidos. Se há dúvidas quanto ao tratamento a escolher, o ideal é procurar um profissional de saúde habilitado para avaliar o caso.
Fonte: Agência Gov
Por: M3 Comunicação