Última modificação em 25 de fevereiro de 2025 às 09:54

Se desconectar do mundo por sete dias, carregar uma mochila de 13kg, dormir inclinado, pular de pedra em pedra e enfrentar desafios extremos. Parece um roteiro de reality show, mas foi a realidade do professor de física e engenheiro Luiz Alexandre Schuch, de 72 anos, em sua expedição ao Monte Roraima.
Natural de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Luiz Alexandre tem um histórico impressionante de aventuras: já esteve na Antártica por 58 dias, atravessou o Deserto do Atacama e percorreu o caminho de Santiago de Compostela. Mas, segundo ele, a subida ao Monte Roraima superou todas essas experiências. “Foi a aventura mais inusitada da minha vida”, afirmou.
O desafio
A ideia de subir ao Monte Roraima partiu do filho, Luis Henrique, de 44 anos. “Eu sozinho confesso que não viria”, brinca Luiz Alexandre.

O percurso foi dividido em etapas. Primeiro, uma caminhada de 13km até a base. No dia seguinte, mais 6km de subida, com direito a muitas pedras, inclinação e um teste de resistência física e mental.
“Nós nos assustamos quando vimos o paredão. Meu filho, que tem 44 anos, se assustou. Todos se assustaram”, relembra.
Conexão com as emoções
O frio foi um dos desafios inesperados. Mesmo vindo do Sul, Luiz Alexandre e os colegas de expedição sentiram a queda de temperatura. Mas não foram apenas os desafios físicos que marcaram a experiência: a conexão com os guias locais trouxe uma nova perspectiva sobre espiritualidade e humildade. “Eles são extremamente espirituais, organizados e felizes. Aprendi muito com eles.”

E não faltou emoção na viagem. Um dos momentos mais especiais foi quando Luiz Alexandre recebeu uma carta da esposa para ser lida no topo do monte.
A equipe havia pedido para os familiares mandarem cartas aos integrantes do grupo, mas a esposa de Luiz já havia se adiantado e colocou uma carta na mala do aventureiro.
“Minha esposa pediu para abrir lá em cima. Foi emocionante”, contou.
Além do digital
Ao retornar à civilização, a realidade bateu forte: mais de 500 mensagens acumuladas no celular. “Mas nós esquecemos do mundo lá em cima. E isso é bom.”
Luiz Alexandre destaca como a falta de conectividade tecnológica ajudou na conexão humana e espiritual. “A gente percebe que pode viver sem internet e sem celular. O contato com a natureza e com as pessoas se torna mais profundo”, analisou.


Dicas para quem quer encarar o Monte Roraima
Para quem deseja encarar o Monte Roraima, Luiz Alexandre dá o recado:
“Se prepare. Caminhe, faça academia, entenda seus limites. Mas, acima de tudo, venha com o coração aberto para uma experiência que vai mudar sua vida”.
Ele também alerta sobre os desafios: “Não é qualquer um que pode encarar essa subida. É preciso preparo físico e mental. Mas, para quem se dispõe, a recompensa é imensurável”.
E agora, qual será o próximo desafio? Depois dessa aventura ele vai dar um tempo? “Por agora, sim. Mas nunca se sabe…”

Por: Redação Papo M3 Realidades – Rayane Lima
Amei a reportagem!
Que espetáculo meu amigo. Desafios são para os fortes e o amigo é um forte com certeza. Que aventura e experiência de vida emocionante.. Parabéns meu amigo.