
Em Roraima foram abertos 125 postos formais de trabalho em julho. Foto: Reprodução
Última modificação em 28 de agosto de 2025 às 10:03
O mercado de trabalho brasileiro sentiu os efeitos da economia em ritmo lento e das taxas de juros elevadas. De acordo com os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o país registrou a abertura de 129.778 vagas com carteira assinada no mês de julho. Embora o número represente um avanço, ele indica queda na criação de empregos formais, sendo o pior desempenho para o mês desde 2020.
O resultado considera a diferença entre contratações e demissões no período, evidenciando um cenário de moderação no ritmo de geração de empregos. Em julho de 2024, por exemplo, haviam sido criadas 191.373 vagas (já com os ajustes de declarações entregues fora do prazo), o que aponta uma queda de 32,2% em 2025.
Entre janeiro e julho de 2025, o Brasil acumulou 1.347.807 novas vagas formais, um volume 10,35% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse é o desempenho mais fraco para os primeiros sete meses do ano desde 2023, com base nos dados ajustados do Caged.
Roraima mantém crescimento, com destaque para estrangeiros
Apesar da desaceleração nacional, o estado de Roraima apresentou saldo positivo na geração de empregos em julho. Foram 4.130 contratações contra 4.005 desligamentos, resultando em 125 novos postos de trabalho com carteira assinada.
O destaque no estado ficou por conta da contratação de trabalhadores estrangeiros. No total, foram 713 admissões e 574 demissões, o que gerou um saldo de 139 vagas destinadas a esse grupo.
Setores que mais contrataram
Mesmo com a desaceleração, todos os cinco principais setores da economia brasileira registraram crescimento no número de contratações formais em julho:
- Serviços: +50.159 vagas
- Comércio: +27.325 vagas
- Indústria (transformação, extrativa e outros): +24.426 vagas
- Construção civil: +19.066 vagas
- Agropecuária: +8.795 vagas
O setor de serviços liderou, com destaque para as áreas de:
- Informação, comunicação, finanças, imóveis, serviços profissionais e administrativos: +26.718 vagas
- Transporte, armazenagem e correios: +11.668 vagas
Na indústria, a transformação industrial teve o melhor desempenho, com 22.834 contratações líquidas. Já a indústria extrativa gerou 1.786 novos postos. Por outro lado, o segmento de água, esgoto, resíduos e descontaminação teve saldo negativo de 704 vagas.
Todas as regiões registram avanço no emprego formal
O crescimento do emprego formal foi registrado em todas as cinco regiões do país:
- Sudeste: +50.033 vagas
- Nordeste: +39.038 vagas
- Centro-Oeste: +21.263 vagas
- Sul: +11.337 vagas
- Norte: +8.128 vagas
Entre os estados, 25 das 27 unidades da federação registraram saldo positivo. Os destaques ficaram com:
- São Paulo: +42.798 vagas
- Mato Grosso: +9.540 vagas
- Bahia: +9.436 vagas
Apenas Espírito Santo (-2.381 vagas), devido ao encerramento da safra de café, e Tocantins (-61 vagas) apresentaram saldo negativo em julho.
Fonte: Agência Brasil
Por: M3 Comunicação