
Roraima recebe sol o suficiente para garantir geração consistente durante praticamente todo o ano. Foto: Divulgação
Última modificação em 14 de agosto de 2025 às 09:18
Ainda há quem pense que, em dias nublados ou chuvosos, os painéis solares simplesmente deixam de funcionar. Esse é um dos maiores obstáculos à expansão da energia solar no Brasil: a desinformação. Em Roraima, onde a incidência solar está entre as mais altas do país, o potencial é enorme — mas mitos ainda afastam consumidores desse tipo de tecnologia limpa e econômica.
Em Roraima a média diária de irradiação solar varia entre 20 e 22 MJ/m² (megajoule por metro quadrado), o que equivale a uma média de irradiação solar diária superior a 5,7 kWh/m², tornando-se uma das regiões mais promissoras para a geração fotovoltaica.
Ou seja, a região recebe sol o suficiente para garantir geração consistente durante praticamente todo o ano, mesmo com o clima amazônico marcado por longos períodos de chuvas.
“O sistema continua gerando energia mesmo em dias nublados ou chuvosos. Ele capta a luz solar difusa, e essa luz é suficiente para garantir o funcionamento do sistema fotovoltaico, embora com uma leve redução na eficiência”, explica Helane Souza, presidente da Associação Amazonense de Energia Solar (AMESOLAR).
Como funciona a geração de energia
O funcionamento é simples: os painéis solares convertem a luz do sol em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico. A energia é então processada por um inversor e usada no imóvel. Se houver sobra, o excedente é enviado para a rede da concessionária e vira crédito para abater futuras contas de luz — o chamado sistema de compensação de energia.
Manutenção do sistema
Além da instalação, a manutenção preventiva também precisa entrar na rotina dos usuários, especialmente após o período de chuvas. A presença de poeira, folhas, dejetos de aves ou outros resíduos pode diminuir significativamente a eficiência dos módulos.
Depois do inverno amazônico, é essencial fazer uma vistoria. A limpeza adequada das placas solares pode melhorar em até 25% o desempenho do sistema.
“Campanhas de manutenção preventiva ajudam a garantir não só economia, mas a durabilidade de um investimento que pode ultrapassar duas décadas de uso”, afirma Helane.
Retorno do investimento
Com linhas de financiamento específicas para energia limpa e redução de impostos para aquisição de equipamentos, os sistemas fotovoltaicos estão mais acessíveis. O retorno do investimento costuma ocorrer entre quatro e sete anos, a depender do perfil de consumo e do dimensionamento do sistema.
Em Roraima, onde o sol não falta e o custo da energia elétrica está entre os mais altos do país, adotar a energia solar é uma decisão estratégica. Mais que economia, trata-se de uma mudança cultural rumo a um futuro mais sustentável e mais informado.
Fonte: J7 press
Por: M3 Comunicação