
A medida busca reduzir o número de visitantes que permanecem no país após o vencimento do visto. Foto: Reprodução
Última modificação em 4 de agosto de 2025 às 16:40
O governo dos Estados Unidos lançará, em 20 de agosto, um programa-piloto que poderá exigir uma caução de até US$ 15 mil (cerca de R$ 82 mil) de solicitantes de visto de turismo e negócios. A medida, publicada nesta segunda-feira (4) no diário oficial americano, busca reduzir o número de visitantes que permanecem no país após o vencimento do visto.
Segundo o documento, a exigência será aplicada a critério dos oficiais consulares, principalmente a cidadãos de países com altos índices de permanência irregular ou com falhas no processo de verificação de informações. Os valores da caução poderão ser de US$ 5 mil, US$ 10 mil ou US$ 15 mil, com expectativa de que o valor mínimo exigido seja de US$ 10 mil.
A medida faz parte da política migratória mais rígida adotada pelo presidente Donald Trump. Em junho, ele já havia vetado parcial ou totalmente a entrada de cidadãos de 19 países por motivos de segurança nacional. Entre os países com maior taxa de permanência irregular estão Chade, Eritreia, Haiti, Mianmar e Iêmen, além de outras nações africanas como Burundi, Djibouti e Togo, segundo dados da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) referentes a 2023.
Uma proposta semelhante foi anunciada em novembro de 2020, no fim do primeiro mandato de Trump, mas não foi implementada por causa da queda no turismo provocada pela pandemia de Covid-19.
O Departamento de Estado não informou quantos solicitantes poderão ser afetados. Desde o endurecimento das regras migratórias, houve queda no interesse por viagens aos EUA: passagens aéreas transatlânticas voltaram aos preços de antes da pandemia e o número de visitantes do Canadá e do México caiu 20% em relação ao ano anterior.
Fonte: InforMoney
Por: M3 Comunicação