
A visita técnicafoi realizada no Polo Base Ericó, no município de Amajari. Foto: Divulgação
Última modificação em 31 de julho de 2025 às 16:07
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) realizou, na última terça-feira (29), uma visita técnica ao Polo Base Ericó, no município de Amajari (RR), para acompanhar a coleta de amostras de água, sedimentos e peixes em áreas da Terra Indígena Yanomami. A ação integra o Projeto Rede de Monitoramento Ambiental da Terra Indígena Yanomami e Alto Amazonas, voltado à análise dos impactos causados pela contaminação por mercúrio, principalmente oriunda do garimpo ilegal.
Representaram o MMA na atividade o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, e a diretora de Qualidade Ambiental, Thaianne Resende. Durante a missão, a equipe acompanhou o trabalho técnico de coleta, que será repetido em três campanhas, abrangendo 26 pontos na Terra Indígena Yanomami e 15 locais em unidades de conservação federais. O projeto, iniciado em novembro de 2023, está previsto para durar até 2027.
As amostras serão analisadas para detectar a presença de mercúrio, um metal altamente tóxico que ameaça tanto a saúde humana quanto os ecossistemas locais. Segundo Maluf, o monitoramento é essencial para preservar os recursos hídricos e garantir a segurança alimentar das comunidades indígenas.
“Essas ações são fundamentais para proteger a segurança hídrica e alimentar dos Yanomami, além de combater crimes ambientais que comprometem o equilíbrio ambiental e climático”, destacou o secretário.
Participação interinstitucional e compromisso com os povos indígenas
Coordenado pelo Ibama e financiado com recursos iniciais de R$ 2,2 milhões do MMA, o projeto envolve a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ministério dos Povos Indígenas.
Um dos princípios da iniciativa é a devolutiva prioritária das informações às comunidades Yanomami, que terão acesso aos dados traduzidos e apresentados em linguagem acessível antes da divulgação ao público.
“Estamos adotando um protocolo que prioriza o direito à informação das populações diretamente afetadas”, afirmou Thaianne Resende.
Expansão prevista para 2025
De acordo com o MMA, o projeto deve ser ampliado a outras regiões a partir de 2025, com a assinatura de um Termo de Execução que permitirá a replicação do modelo de monitoramento ambiental em outros territórios impactados por atividades ilegais e degradação ambiental.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
Por: M3 Comunicação