
O avanço é atribuído à geração de empregos formais, ao fortalecimento de pequenos negócios e a programas voltados ao empreendedorismo popular. Foto: Reprodução
Última modificação em 22 de julho de 2025 às 11:19
De janeiro a julho deste ano, cerca de 3,5 milhões de brasileiros deixaram a condição de pobreza, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O avanço é atribuído à geração de empregos formais, ao fortalecimento de pequenos negócios e a programas voltados ao empreendedorismo popular, como o Acredita no Primeiro Passo.
O impacto direto desse progresso é visível: aproximadamente 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família em julho, após atingirem uma renda superior aos critérios de permanência no programa. O ministro Wellington Dias destacou, durante o programa Bom Dia, Ministro, que desde 2023, quase 24 milhões de pessoas saíram da pobreza, resultado de ações que combinam assistência social com oportunidades reais de inserção no mercado de trabalho.
“Estamos falando de famílias que passaram a viver da renda do trabalho, estruturaram pequenos negócios ou conseguiram emprego com carteira assinada. A ascensão à classe média já é realidade para muitos brasileiros que antes dependiam do Bolsa Família”, afirmou o ministro.
Segundo dados do Caged, das 1,7 milhão de vagas formais criadas em 2024, mais de 98% foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único, sendo que 75,5% eram beneficiários do Bolsa Família. Esse dado reforça o papel dos programas sociais como porta de entrada para o mercado de trabalho formal.
Além da saída voluntária de muitas famílias do programa, mais de 536 mil se desligaram após passar pela Regra de Proteção, que garante a permanência temporária de quem aumenta a renda, mas ainda precisa de apoio. Outras 385 mil famílias ultrapassaram o limite da renda permitida (meio salário mínimo por pessoa) e deixaram de se enquadrar no perfil de beneficiários.
O programa Acredita no Primeiro Passo também tem sido um motor importante na superação da pobreza. A iniciativa oferece microcrédito com condições facilitadas a pequenos empreendedores do CadÚnico, especialmente mulheres, jovens, pessoas com deficiência, negros e comunidades tradicionais. Até o momento, cerca de R$ 24 bilhões já foram liberados para financiar pequenos negócios urbanos e rurais.
Segundo Wellington Dias, esse movimento de crescimento do microempreendedorismo tem sido decisivo para impulsionar a economia popular. Em 2024, mais de 4 milhões de pequenos negócios foram criados, número que supera o de empregos formais e mostra a força da economia de base local, responsável por 70% dos novos postos de trabalho.
Brasil se aproxima da saída do Mapa da Fome
Outro avanço significativo é a queda da fome no país. Entre 2022 e 2023, o número de pessoas em insegurança alimentar severa caiu de 17,2 milhões para 2,5 milhões, uma redução de 85%. De acordo com o ministro, mais de 24 milhões de brasileiros deixaram de passar fome desde o início do atual governo.
Apesar da melhora, o Brasil ainda aparece no Mapa da Fome da ONU, devido ao critério de avaliação baseado em médias trienais. “Em 2024, devemos consolidar os dados que garantam a saída definitiva do Brasil do Mapa da Fome em 2026”, disse Dias.
Redução recorde da pobreza e da desigualdade
De acordo com o Banco Mundial, o índice de pobreza no Brasil caiu de 37% em 2021 para 23% em 2024. A taxa de miséria, que era de 9%, foi reduzida para 4%. Esses resultados, segundo o governo, representam a maior redução da desigualdade da história recente do país.
O ministro também destacou avanços no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com o Brasil subindo cinco posições no ranking global graças à melhoria em indicadores de saúde, educação e renda.
Fonte: Agência Gov
Por: M3 Comunicação