
Última modificação em 11 de julho de 2025 às 11:31
Um abrigo improvisado ocupado por indígenas da etnia Warao, situado no bairro Pintolândia, em Boa Vista recebeu uma visita, nesta terça-feira, 8, de um grupo do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), para avaliar as condições de vida dos refugiados.
A ação ocorreu por meio do Grupo de Atuação Especial de Vítimas, Minorias e Direitos Humanos (GAEVI-MDH)que deve elaborar um relatório para apresentar às autoridades competentes informando a situação do grupo.
O coordenador do GAEVI André Paulo dos Santos Pereira e a Promotora de Justiça, Lucimara Campaner, informaram que além de verificar as condições de vida dos refugiados e imigrantes venezuelanos Warao que vivem no local, devem identificar as principais necessidades enfrentadas por essa população.
Os Promotores de Justiça se reuniram com os líderes locais e ouviram relatos a respeito das dificuldades do grupo. Conforme as lideranças, ali residem mais de 400 pessoas, sendo quase metade composta de crianças, muitas já nascidas no local, todos em situação de vulnerabilidade.
O abrigo, que hoje é considerado uma ocupação espontânea, foi administrado pela Operação Acolhida entre 2016 e 2022 e foi desativado em razão de diversos problemas relacionados à infraestrutura, fornecimento de água, saneamento, alagamentos e deficiências nas instalações elétricas e hidráulicas. À época, os moradores foram transferidos para outros abrigos, porém, parte dos indígenas decidiu permanecer no local.
O coordenador do GAEVI afirmou que os dados obtidos durante a diligência no local resultarão em um relatório, que será encaminhado aos órgãos competentes para as devidas providências. “Estamos acompanhando de perto a situação e queremos juntar forças com outros órgãos públicos para buscar alternativas em favor desta comunidade em situação de vulnerabilidade ”, concluiu o Promotor de Justiça.
Fonte: MPRR
Por: M3 Comunicação