
Segundo relatório da Defesa Civil estadual, 22 comunidades ficaram isoladas, impactando 3.583 pessoas. Foto: Divulgação
Última modificação em 2 de julho de 2025 às 15:28
O prefeito de Uiramutã (RR), Tuxaua Benísio (Rede), decretou situação de emergência nas áreas atingidas pela cheia do igarapé Woosa, que afetou diretamente a comunidade indígena Willimon, na vicinal Caracaranã.
Segundo relatório da Defesa Civil estadual, 22 comunidades ficaram isoladas, impactando 3.583 pessoas. A cheia destruiu a ponte que ligava a região, interrompendo o tráfego de veículos e pedestres, comprometendo o transporte escolar e o escoamento da produção agrícola.
A vicinal Caracaranã é rota para 29 comunidades, totalizando 7.237 moradores, número que representa mais da metade da população de Uiramutã, o município mais indígena do Brasil, onde 96% dos 13.751 habitantes são indígenas (Censo IBGE 2022).
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou até 90 mm de chuva na região, com previsão de novas pancadas até domingo (6).
Diante da gravidade, o decreto, assinado nesta terça-feira (1º), permite que a Prefeitura atue com urgência para construir uma nova ponte de 10 metros, sob coordenação da Secretaria Municipal de Obras. A medida também autoriza contratações sem licitação por 90 dias, com custo estimado da obra em mais de R$ 200 mil, pagos com recursos próprios do Município.
Enquanto a nova estrutura não é concluída, moradores se arriscam em desvios improvisados, mantidos com apoio da Prefeitura. A Defesa Civil alertou para o risco à segurança e à continuidade das aulas, já que o transporte escolar foi interrompido.
O diretor da Defesa Civil estadual, coronel Cidinei Lima, classificou a situação de Uiramutã como a mais crítica de Roraima atualmente.